Dom Mário Lukunde abordou a questão por ocasião da sessão de abertura do Congresso Pro Pace Diocesano em Menongue na presença do Governador provincial, de membros do executivo, de representantes de partidos políticos e demais participantes.

“No multipartidarismo, há democracia e a liberdade de cada um escolher em consciência. Temos que aprender a raciocinar e a viver em democracia. Ninguém tem o direito de fazer dos cidadãos reféns de um partido único por melhor que faça e queira”, disse o prelado.

Dom Mário reiterou que “na política também acabou obrigar os cidadãos a escolher uma só pessoa ou um único partido. Isto era procedimento de partidos únicos ou no tempo da escravatura”.

O Bispo de Menongue apelou também ao voto dos cidadãos nas próximas eleições. Salientou que os angolanos devem pensar nas urnas confiança, já que conhecem bem as experiências negativas.

“Muitos estarão com medo a pensar no que aconteceu em 1992 ou no Quênia há poucos meses. Penso que o angolano é suficientemente maduro para tirar de factos negativos uma lição para a vida e para o futuro”, acrescentou.

Cerca de duzentas pessoas tomam parte do Congresso. Muitas vieram de pontos distantes da Província do Kuando Kubango e outras da Província da Huíla.

O Congresso Pro Pace em Menongue decorrerá até sexta-feira, debatendo temas sobre a democracia, as eleições, o desarmamento da população civil, a alternância de poder, a oposição, os direitos humanos, o gênero e a liberdade de imprensa.


Fonte: apostolado