Lisboa - A atribuição a Cabinda de um estatuto de autonomia político-administrativa passou a ser admitida pelas autoridades angolanas. Associam à medida melhores perspectivas de normalização definitiva da situação no território; encorajaram e/ou acompanham iniciativas, discretas, tendentes a determinar a existência de condições.


Fonte: africamonitor


A actual posição das autoridades representa uma evolução em relação a políticas anteriores de rejeição liminar de ideias de concessão de autonomia a Cabinda; o argumento respectivo, contrariado em meios do regime originários do território, era o de que uma autonomia poderia vir a conduzir à secessão do território.

 

As autoridades condicionam a abertura de um processo político e negocial tendo em vista a definição de um estatuto regional para Cabinda à prticipação vinculativa de Nzita Tiago, que além de líder político é a figura a que os guerrilheiros da FLEC de facto prestam obediência, e a adesão de todas as facções e personalidades individuais conotadas com a chamada “causa de Cabinda”.


O principal protagonista das diligências actualmente em curso no que concerne à autonomia do território é Belchior Tati, um quadro natural de Cabinda que apresenta vantagens como ser reconhecido na população, gozar de aceitação na sociedade civil, ter contactos com as autoridades em Luanda e acesso a Nzita Tiago.


As previsões indicam que Nzita Tiago deverá, dentro de dias, escrever a prometida carta a JES. Nela proporá uma agenda negocial contemplando o quadro de uma efectiva autonomia político-administrativa para Cabinda, com a qual se afirmará disposto a comprometer-se.