Luanda - Três mil e quinhentas e noventa e três pessoas morreram e 14 mil e 226 outras ficaram feridas, em consequência dos 14 mil 844 acidentes registados pela Polícia Nacional em 2011, revelou nesta quinta-feira, 23, em Luanda, o director nacional de Viação e Trânsito, comissário Inocêncio de Brito.
 
 
Fonte: Angop

assassinado clubk.jpg - 20.57 KbO oficial da polícia falava no final da reunião da Comissão Nacional de Viação e Ordenamento do Trânsito, presidida pelo comandante geral da Polícia Nacional, comissário-geral Ambrósio de Lemos, cujo ponto chave centrou-se na análise da situação da sinistralidade rodoviária no país.
 
 
O comissário Inocêncio de Brito considerou preocupantes os níveis de sinistralidade rodoviária no país, pois, em comparação ao período anterior, os indicadores, do ano de 2011, apontam um aumento na ordem de 11 porcento. Segundo o responsável, a capital do país, Luanda, registou 935 mortos e 2 mil e 414 feridos.


Destacou também que do número total de pessoas que pereceram nas estradas do país no ano em referência, 850 tiveram como causa atropelamentos. Segundo revelou, os atropelamentos constituíram das principais tipicidade que concorreram para a elevação dos níveis da sinistralidade rodoviária, com 32 porcento dos acidentes, 24 porcento de mortes e 28 porcento de feridos, seguido de colisão envolvendo veículos de duas rodas, com 23 e 27 porcento de mortos e feridos, respectivamente.
 
 
O comissário Inocêncio de Brito fez notar que tais acidentes podem ser evitados "se todas as instituições e a sociedade concorrer para alteração do actual quadro". "Daí a existência desta comissão que congrega as instituições do Estado que concorrem para o afastamento deste flagelo nas nossas estradas", frisou.
 
 
Disse ser necessário que os utentes do ambiente rodoviário mais vulneráveis (peões) também cumpram com a sua parte, ou seja, façam as travessias em locais adequados. “Reclama-se, em algumas situações, não existirem passagens adequadas para os peões, mas um pouco por toda a cidade existem e os peões não as utilizam, daí que se vai assistindo o elevado número de atropelamentos (...)”, apontou.
 

Inocêncio de Brito disse que Luanda é a província que mais preocupa, em termos de atropelamentos, cujas vítimas ascendem os 700 mortos, “o que significa que há uma certa desarmonia entre a travessia e a circulação rodoviária; há desrespeito da parte dos peões, o mesmo sucedendo da parte dos condutores”.
 
 
A Comissão Nacional de Viação e Ordenamento do Trânsito é presidida pelo comandante geral da Polícia Nacional e integra representantes da PRG, dos ministérios da Defesa Nacional, da Administração do Território, das Obras Públicas e Urbanismo, direcções de Viação e Trânsito, Transportes Rodoviários e dos institutos de Estradas de Angola (INEA) e de Planificação Física.