Numa declaração proferida sobre as eleições de 5 de Setembro, o diplomata americano referiu-se igualmente à vantagem que deu ao partido governante o acesso preferencial aos recursos.

Não obstante os 15 minutos de tempo de antena na Rádio Nacional e na TPA, o controlo da imprensa de alcance nacional pelo Estado também deu ao partido no poder vantagem na cobertura da campanha pelos principais órgãos de comunicação social.

«De acordo com os relatórios da equipa de observação da Embaixada dos Estados Unidos, o processo de votação fora da província de Luanda decorreu de maneira eficiente e dentro do horário previsto. Contudo, em muitas assembleias de voto em Luanda, o material de votação foi distribuído tardiamente e em alguns casos não foi mesmo distribuído, observamos longas filas de espera para a abertura de assembleias e a não abertura de algumas.»

Na declaração, o embaixador americano disse ainda que os observadores da embaixada testemunharam muitos cidadãos a votarem sem a verificação da sua identidade nos cadernos eleitorais, tanto impressos ou electrónicos.Esta situação foi agravada por interpretações conflituosas sobre como utilizar os boletins de voto especial. O uso da tinta indelével foi a única forma de controlo contra qualquer tentativa de votação múltipla.

A equipa de observação da Embaixada dos Estados Unidos acredita que as dificuldades registadas em Luanda oferecem lições valiosas para a realização de eleições futuras, começando com as presidenciais do próximo ano.
A Embaixada dos Estados Unidos colocou em campo 37 observadores nas províncias de Benguela, Bié, Huambo, Luanda e Uíje.

Fonte: VOA