Huíla - As autoridades cívis e tradicionais na Província da Huíla apelam ao executivo local a estender os serviços do registo civil a fim de facilitar o acesso de crianças em idade escolar e a identificação dos populares da zona.


Fonte: Club-k.net


No interior dos Municípios, segundo os mesmos, é visível a olho nu a falta de identificação tudo porque estes estão apenas situados nas sedes municipais em número muito reduzido carecendo muitas vezes de meios de trabalho como livros de registos, certidões e outros.


Segundo as autoridades tradicionais o número de pessoas sem cédulas é elevado. Para confirmar tal argumento o administrador de Kaluquembe, Emílio Tchitacumbi, perto de oitenta porcento dos populares daquela zona não têm registo de nascimento. O mesmo cenário acontece no Município de Caconda onde o administrador local, Adão Cesar, admite que é um calcanhar de Aquiles. As autoridades administrativas contactadas por nós, foram unanimes em afirmar categoricamente que a maioria dos cidadãos com idade de votar na sua maioria não apresentam cédulas, fazem o registo graças a colaboração das autoridades tradicionais que conhecem o povo bem como os líderes religiosos. Facto confirmado por catequistas das Igrejas da IESA e Católica. 


Na Chibia, Cacula e outras localidades onde os povos khoisans mais abundam, a realidade não é diferente. Já para a aquisição de Bilhete de Identidade o panorama é mais complicado. Dai que o soba grande da província Joaquim Huleipo apelou recentemente a expansão destes serviços.``As crianças muitas não têm cédulas para poderem estudar, o governo tem de mandar para as comunas e aldeias tais serviços``.