Luanda – O Governo angolano está a trabalhar num projecto de implementação de um Centro de Medicina Nuclear, para detectar e tratar várias doenças, sobretudo de fórum canceroso, informou, em Luanda, a especialista em medicina nuclear, Antónia Muangala. De acordo com a médica, esta iniciativa será uma mais-valia para os cidadãos, uma vez que tem aumentado substancialmente o número de casos de cancro e tumores e outras doenças que necessitam dessa especialidade.


Fonte: Angop

bebe maternidade.jpg - 14.79 KbDisse igualmente que este projecto está a ser feito em concordância entre o Governo angolano e a Agência de Energia Atómica (AIA), com vista a sua implementação. Antónia Muangala referiu que o contributo da medicina nuclear permite observar o estado fisiológico dos tecidos de forma não invasiva, através da marcação de moléculas participantes nesses processos fisiológicos com isótopos radioactivos. A medicina nuclear é uma especialidade médica relacionada à imagiologia, que se ocupa das técnicas de imagem, diagnóstico e terapêutica, utilizando partículas ou nuclídeos radioactivos.

No concernente à oncologia, referiu que nos últimos anos tem aumentado em todo o país as doenças cancerosas. Informou igualmente que já existe um núcleo de oncologias fora de Luanda, que tem como objectivo diagnosticar a doença e posteriormente encaminhar os casos mais graves ao Centro Nacional de Oncologia.


Elucidou também o elevado grau de consciência da população no concernente ao rasteio das doenças relacionadas com o cancro, principalmente o da mama e do colo de útero, as mais frequentes neste centro, e estando consciencializada que não existe só a malária, o paludismo e outras doenças. Quanto ao tratamento do cancro, disse que só têm feito ainda as cirurgia e quimioterapia e posteriormente será com a radioterapia, que se aguarda a curto prazo, com a implementação do Centro de Medicina Nuclear.


Questionada sobre o sector da saúde, disse ter havido grandes melhorias neste ramo, no concernente à construção de hospitais, centros de saúde e postos médicos, nas capitais de províncias, nos municípios e nas periferias, o que tem contribuido na recuperação de certas doenças, evitando enchentes nos hospitais de referência. Acrescentou que hoje já é possível ter um médico e outros quadros qualificados, nos centros de sáude e postos de médicos, evitando a sobrecarga nos hospitais.