Lendo as notícias vinculadas na imprensa sobre os resultados eleitorais chegamos a conclusão que alguns partidos têm por lei seus dias contados; <<graças a Deus>>. Porque assim, o povo quis, porque assim a lei prega e reza: partidos que não alcançarem 0,51% dos resultados eleitorais devem ser extintos;<<que alivio>>. A sociedade civil, em nome da Democracia, do direito, do dever, da moral e da ordem pública que deve ser preservada espera que essa mesmo lei seja cumprida;<<será? Posso acreditar?>>.
Esperamos que O Tribunal Constitucional, a Assembléia Legislativa e quem de direito deve fazer cumprir a lei, execute a vontade e a ordem manifestada pela nação e o povo nas urnas;<<a esperança é a última coisa a morrer>>.
Não aceitamos concessões de nenhum tipo. Ora, a lei foi aprovada na Assembléia Legislativa que é o representante máximo desse povo entre os três poderes, e o incumbido de fazer as mesmas leis. Assim, não se pode viver fazendo concessões quando essas regras já foram sentenciadas e ditadas pela própria nação. Os dezesseis anos, ou seis anos antes das últimas eleições foram necessários e suficientes para a sociedade e o povo determinar que partidos devem continuar na arena política Angolana. Não aceitamos cambalaxos, jeitinho para aqui, jeitinho para lá, ou mesmo procedimentos kazucuteiros que levariam a salvar essas agremiações partidárias;<<tem algum cabeça de bagre que gostaria de contrariar o que o povo já decidiu nas urnas?>>.
É preciso, igualmente, ser sério e cumprir as regras exigentes do jogo democrático. Regras são regras e entre elas existem aquelas que, mesmo sendo populares, diz: estamos cansados de mensagens difusas vindas de todos os lados; carentes de verdadeira informação que, eventualmente, pudesse trazer algum benefício. Estamos cansados do lixo social e político que, às vezes, infelizmente, a própria democracia produz.
Assim, insistir na existência desses partidos que foram fulminados pela vontade popular é querer conviver com a sujeira, e fazer prevalecer a idéia de que somos um povo anti-higiênico, que vive produzindo lixo e que ao mesmo tempo faz questão de conviver com o mesmo.
Não aceitamos de nenhuma maneira a convivência social com essas entidades que o próprio povo já definiu sabiamente a sua posição. Esse é o tipo de rejeição e sentença que nem recurso tem, não cabe apelação ou recurso de nenhum tipo. Foi definido e estabelecido por aquilo que eu chamo de a <<ordem do príncipe>> ou do soberano,ou ainda , do Povo.
E a decisão foi justa. Porque afinal, acredito que isso talvez seja um dos motivos, o Povo está cansado de propostas incoerentes, vindo de mentalidades que mais estão para provocar o bom senso e a paciência de pessoas sérias e equilibradas que precisam de trabalhar. Estamos cansados de Organizações, que muitas vezes ninguém sabe se é um partido de verdade ou é uma ONG financiada pelo milionário Jorge Soros. Muitas delas na verdade são uma espécies de Partidos-ONG; seus integrantes, aproveitadores e famintos, vivem entre um lado e outro, já não sabem mesmo o que devem defender; e quando defendem, tudo que lhes rodeia transforma-se na anti-tese até daquilo que lhes protege como seres humanos.
Talvez chegou mesmo a hora de acabarmos com as farras. Sim, essas farras que tanto precisam do dinheiro público para continuarem a despejar sobre todos os nossos sentidos o barulho e as imagens que só os homens do PAJOCA , do PLD, do PRD, do FpD e outros por aí sabem fazer. A propósito do FpD, esses sim afundaram, estão pior do que eu: no fundo do poço.<<Quem tudo quer tudo perde>>.
Por outro lado, com relação ao esse lixo todo provocado por essa gente, a Constituição Angola consegue dizer quais são os meus direitos como cidadão, que devo exercer para evitar que todo esse entulho indesejável caia sobre mim? Já que nem mesmo exercendo o meu direito de eleitor consigo me livrar deles? Alguém me responde!? Existe por acaso nesse país o direito do cidadão ou só existe, desgraçadamente e infelizmente, o direito dos partidecos?
Se continuarmos as infringir as leis, depois da ditadura do partido único, correremos o risco de entrar na ditadura dos partidos que não cumprem as leis. Qual das duas será pior?
Nelo de Carvalho, WWW.a-patria.net
Fonte: Club-k.net