Luanda - O cidadão Joaquim Lucas será ouvido esta terça-feira em tribunal, no palácio Dona Ana Joaquina ,para responder pelo crime de homicídio voluntário que resultou na morte do cidadão português Jorge Manuel Conceição, em Julho  de  2010.


Fonte: Club-k.net


O réu, que se conduzia embriagado, embateu a sua viatura contra a de Jorge Manuel Conceição,  nos arredores do Largo do Patriota, em Luanda causando-lhe a morte no local. Estranhamente, a família do malogrado apenas foi notificada a constituir advogado e a comparecer  no Tribunal Provincial de Luanda, às 9h00  do dia 29 de Maio, na noite anterior.

 


Jorge Manuel Conceição que era engenheiro de construção naval  vivia em Angola desde a década de 80 e, nos últimos anos, esteve ligado a um sócio português José António Lembrete Leote contra os quais pesam  críticas por se ter manifestado contra o avanço do processo judicial que envolve  Joaquim Lucas. José António Lembrete Leote passou a prestar apoio  ao automobilista acusado de matar o seu sócio.


O português Leote foi a primeira figura a aparecer no local do acidente.  Retirou o telefone e o computador portátil do malogrado, a pretexto de que tinha de verificar informações sobre alguns trabalhos que tinham em comum. No entanto, nunca devolveu os bens que retirou do seu falecido sócio à família enlutada. Também, segundo consta, teria instruído outro colega que se encontrava na viatura, por altura do acidente a não prestar quaisquer informações sobre o sucedido. Ameaçou cortar os fundos para o  tratamento médico a que o colega seria submetido em Lisboa, por fractura da coluna no acidente, caso este falasse sobre o que ali se passou.


Logo após a morte de Jorge Conceição, José António Lembrete Leote recusou-se a declarar os  negócios que tinha em sociedade com o malogrado, na empresa Marledo Iberica.  A atitude do mesmo foi encarada como medida destinada a evitar a partilhar de dividendos com os órfãos.

*Luis Neto