Bruxelas - A embaixadora de Angola no Reino da Bélgica, Maria Elizabeth Simbrão de Carvalho, destacou, num acto político promovido pela OMA em Bruxelas, os propósitos das políticas do Executivo angolano para elevação do nível de vida das mulheres do seu país.
 

Fonte: Angop


Elizabeth Simbrão, também embaixadora de Angola Junto da União Europeia, lembrou que o Executivo angolano, por reconhecer a importância do papel da Mulher na sociedade, definiu um conjunto de programas de Apoio à Mulher Rural para melhorar o rendimento das famílias camponesas.
 

Para a diplomata, esses programas destinam-se a propiciar gradativamente às mulheres rurais um maior aproveitamento da produção agrícola, de modo a favorecer o seu bem-estar e de toda a comunidade.
 

De acordo com a embaixadora, as mulheres numa perspectiva de empreendedorismo e no âmbito das políticas sociais do Executivo, devem também estar ligadas as novas tecnologias de informação porque são sectores importantes num mundo globalizado e em grande mutação que "nos coloca perante enormes desafios de crescimento e desenvolvimento em termos de sustentabilidadade".

 
Estas políticas em curso, segundo ela, são factores que incitam o optimismo das mulheres a trabalhar de mãos dadas a fim de concretizar os objectivos globais definidos pelo Governo, que vão no sentido da melhoria das condições de vida de todas as mulheres, através do seu acesso ao emprego e aos cargos de direcção.
 

Maria Elizabeth Simbrão lembrou que ”este encontro ocorre em vésperas de eleições gerais no nosso país, marcadas para 31 de Agosto do corrente Ano, nas quais o papel da mulher assume uma maior relevância política neste processo de escolha dos nossos legítimos representantes”.
 
 
Destacou, por outro lado, o valioso trabalho levado a cabo pela Organização que fez com que Angola se posicionasse em 10º lugar dos países com maior participação feminina nos órgãos de decisão do Estado.
 
Realçou o trabalho extraordinário desenvolvido por esta Associação representativa da Organização da Mulher Angolana na Bélgica que responde de forma abrangente aos problemas das mulheres na sociedade.
 
Na actividade realizada no último fim-de-semana, no âmbito do 50º ano da fundação da Organização da Mulher Angolana (OMA), a sua primeira secretária na Bélgica, Lusekumbanza Honorina Kanda, realçou o papel histórico da Organização no processo de luta para a libertação, nos avanços sociais conseguidos pelas mulheres angolanas, na promoção do patriotismo, na unidade nacional, reconciliação e no combate à violência doméstica.
 
 
De acordo com Lusekumbanza Honorina Kanda, a OMA tem evidenciado, desde a sua fundação em 1962, importante contributo da mulher na defesa das liberdades e dos direitos civis, económicos, políticos, sociais e culturais do povo angolano.
 
A responsável da organização da mulher angolana na Bélgica disse que a estratégia política do MPLA tem permitido garantir às mulheres de todos quadrantes, níveis aceitáveis da vida social, económica e cultural, assim como uma maior visibilidade e inserção na vida política do país.
 
Para ela, o MPLA tem como objectivos principais garantir a participação e inclusão da mulher no processo do desenvolvimento do país para que possa contribuir no crescimento económico, na auto-suficiência alimentar, no aumento do emprego, de modo a que se alcance a participação justa do rendimento nacional.
 
Anunciou que a OMA tem actualmente mais de dois milhões de membros dentro do país e na diáspora.
 
Por sua vez, a segunda secretária do Comité de Base da OMA na Alemanha, Amélia Cunha, referiu que os 50 anos da OMA não representam apenas uma data histórica, mas uma luta contínua na defesa dos direitos da mulher angolana, consagrados na Constituição da República de Angola e nos Estatutos do MPLA, além de ser motivo de especial atenção do presidente do deste partido e da República, José Eduardo dos Santos.
 
Amélia Cunha pediu para que as membros continuem a ser fiéis ao espírito das heroínas Deolinda Rodrigues, Irene Cohen, Engrácia dos Santos, Lucrecia Paim e outras anónimas, seguindo sempre o objectivo de mobilizar e educar as mulheres para a realização dos ideais do MPLA.
 
De acordo com ela, os avanços sociais conseguidos pelas mulheres angolanas ao longo destes anos devem-se ao facto de a OMA se ter convertido numa instituição poderosa de grande valia política para o "nosso MPLA e o Governo".
 
Dentre os numerosos convidados no acto, estiveram presentes os representantes da missão diplomática da Embaixada de Angola, da União das Mulheres Africanas, Associação “La Zairoise et ses soeurs”, Associação das Mulheres Angolanas da Bélgica “Alegria”, secretária da promoção da mulher do comité de base da OMA, na Alemanha, primeiro secretário do comité do MPLA na Bélgica, coordenadora da secção da OMA na província de Antwerpen, entre outros.
 
A cerimónia contou com a presença de mais de 150 pessoas, entre Belgas que tiveram a oportunidade de provar os pratos típicos de Angola (Kizaca, funge de bonbon, calulu de peixe...).
 
O evento contou também com um espectáculo músico cultural angolano, com destaque para Jovita radicada na Bélgica, que cantou e encantou o público.