Benguela - O que o telejornal da Televisão Pública de Angola, tem feito é a prova clarividente que não há condições para a realização de eleições livres, justas e transparentes. Num país normal, tenho absoluta certeza que os funcionários/jornalistas desta estação televisiva se tivessem carácter, moral, e respeito pela profissão deviam todos se demitir em bloco. E o meu amigo Ernesto Bartolomeu, devia ser o primeiro a propor a sua demissão dada a sua "boca" contra esse tipo de jornalismo nos anos anteriores.


Fonte: Facebook

CNE deve censurar a TPA

A TPA e o governo do MPLA, com este tipo de comportamento vão mesmo provocar que haja convulsões este ano. Aliás, o que se assistiu ontem, dia 17, não restará duvidas nem provas em mais alguém o MPLA está a jogar sujo. Será que ainda terão mais coragem de acusar a oposição de querer fazer confusão? Só se for uma anedota…


Por outra, o presidente da CNE, Silva Neto, deve imitir o mais urgente possível um comunicado orientando a José Eduardo dos Santos, na qualidade de titular do poder executivo e Presidente da República, para que este mande parar imediatamente a propaganda e o favoritismo que a TPA, sobretudo, tem feito nos últimos tempos a seu favor como cabeça de lista do MPLA às eleições gerais. Lembro ao presidente Eduardo dos Santos, que foi vossa excelência que disse no Moxico, no dia 4 de Abril deste ano, que os partidos políticos não devem fazer a política do vele-tudo.


Uma outra inconstitucionalidade prende-se com o facto de, o presidente ter criado o GRECIMA, um órgão que trabalha com dinheiro públicos, para promover a imagem de José Eduardo dos Santos e a campanha do MPLA antes e no momento das eleições. E vejam essa: o GRECIMA que é uma instituição pública foi criado para cuidar da campanha do MPLA e da imagem do seu presidente. Vê-se mesmo que estão a ser criadas as “condições de razões” para a existência duma “primavera angolana” com o propósito, creio eu, de mais tarde atirar nas valas comuns corpos de possíveis contestatários.


Aqui fica um alerta: Se o GRECIMA- Gabinete de Revitalização e Execução da Comunicação Institucional e Marketing de Administração- capitalizar os dinheiros públicos para campanha do MPLA, e caso o MPLA vença-as, ainda que não seja, não pode haver quaisquer dúvidas para o Tribunal Constitucional de poder vir anular as eleições. Afinal, pode-se dar o caso que terá sido mesmo através deste dinheiro público que o MPLA venceu as eleições.


Diria o outro, será mesmo possível num regime como o nosso o TC anular uma eleição que dá vitória ao MPLA? Com alguns aspas, acho que é possível, isto é, se os nossos juízes retiverem o exemplo do Tribunal Constitucional Egípcio.


Mais voltemos a TPA. Não é por mal, mas gostaria de perguntar aos caros colegas o seguinte: será que vocês não podem encontrar outras formas de sobrevivência, que não seja essa de submeterem-se a humilhações? Mais uma perguntinha mais essa vai para a senhora ministra, Carolina Cerqueira, e o senhor director de informação da TPA, Ernesto Bartolomeu: Porque será que se gastou tanto dinheiro com aquela acção de formação onde falou-se de cobertura jornalística em tempos de eleições? Só golpe, mais golpe, atras de golpe...


OBS: Este poste onde apareço com o Ernesto, tiramos 2 dias depois de ter sido promovido a director de informação da TPA. Desejei-lhe as minhas felicitações, tal como centenas de amigos e companheiros seus o fizeram, só que, tenho absoluta certeza, que não passava pela minha cabeça e de tantos outros que o consulado do Ernesto seria o mais catastrófico em termos de rigor informativo. Aliás, isso mesmo nunca existiu na TV Moscovo (TPA)!