Lisboa – Entrou para as estruturas do governo pelas mãos de Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó” que tão logo fora nomeado Primeiro Ministro, o convidou para, em comissão de serviço, exercer as funções de assessor para a Área Jurídica, Parlamentar e de Acompanhamento à Preparação e ao Controlo das Deliberações do Conselho de Ministros do seu Gabinete.
Fonte: Club-k.net
Silva Neto não toma decisão sem o consultar
Edeltrudes Maurício Fernandes Gaspar da Costa o sujeito da historia esteve no gabinete de “Nandó” por dois anos até Dezembro de 2004, ser sondando por Virgilio Fontes Pereira que propõe o seu nome ao PR para o nomear como seu Vice-Ministro da Administração do território para as questões eleitorais. Ao mesmo tempo, e por inerência de funções, tornou-se ele a segunda figura do extinto CIPE- Comissão Interministerial para o Processo Eleitoral que tinha como coordenador o então Ministro do MAT.
No seguimento da entrada em vigor da nova constituição, Edeltrudes Costa é afastado do governo passando a dedicar-se a advocacia no RCJE – Advogados Associados (a antecessora do CFRA | Advogados Associados) que ajudou a fundar em 2001 com Raul Araújo e Carlos Feijó. Ao mesmo tempo esteve ligado a Federação Angolana de Basquetebol (FAB) onde ocupa a tarefa de responsável do conselho judicial.
Edeltrudes Costa seria “recuperado” pela autoridades para integrar o Conselho de Administração da ANIP mas meses depois viria o seu nome a ser indicado como comissário do MPLA para a Comissão Nacional Eleitoral. Com a saída de Suzana Inglês seria ele indicado como presidente interino. O gabinete presidencial aproveitou o “vazio” e orientou-lhe a criar rapidamente uma “Comissão de Avaliação” em que ele auto se indicou como presidente da mesma para escolher as empresas para trabalharem na logística eleitoral das eleições de 31 de Agosto.
Deu dois dias (sábado e domingo) para as empresas interessadas apresentarem as suas candidaturas apoiadas por quinze documentos de suporte. As nove empresas citadas apresentaram as suas candidaturas dentro daqueles dois dias, mas a maioria não apresentou os 15 documentos de suporte (porque os serviços de notário não abrem no final de semana). Sob orientação da PR, a sua “Comissão de Avaliação” da CNE, considerou a espanhola INDRA como “qualificada”, a pesar desta empresa espanhola ter sido , a que apresentou o orçamento mais caro.
Com a entrada do juiz Silva Neto como novo presidente da CNE, a INDRA já estava feita com o regime e Edeltrudes Costa ganharia votos de JES que o passa a ter como um “segundo Adão de Almeida” para as questões eleitorais.
Silva Neto, o novo chefe Maximo da CNE, não toma decisão sem o consultar. Nas plenárias, da CNE as propostas são analisadas mas o juiz apenas decide em função de sinais e gestos que Edeltrudes Costa lhe faz, razão pela qual é tido como o presidente “de facto” da CNE. É nesta condição que passou a ter acesso regular a JES de quem recebe orientações.
Na última deslocação do PR a Espanha, o mesmo seguiria para o mesmo destino, no dia seguinte para uma reunião com os responsáveis da firma espanhola INDRA. É ele, hoje os olhos e ouvidos de JES na comissão nacional eleitoral. A próxima tarefa é desviar as atenções da oposição política para que os seus membros não recebam as actas síntese na assembléia de voto no sentido de evitar contagem paralela das forças opostas a JES.