Benguela - Porque devo, ou melhor vou votar, no Partido Nr 1, do boletim de voto para a eleição de 2012?.. Permitam-me caros leitores, compatriotas, companheiros, amigos e camaradas visualizar para a vossa compreensão o âmbito ou o tecido desta tão importante e terminante deliberação.


Fonte: Club-k.net


SABEDORIA - É ponto assente e pacifico que; A sabedoria envolve bom senso, baseado em conhecimento e entendimento. Sabedoria, portanto, é a capacidade de aplicar o conhecimento e o entendimento com bom êxito na solução de problemas e sobretudo em evitar perigos ou em alcançar certos objetivo.


De á uns tempos para cá, poucas pessoas duvidarão que, o MPLA acumulou a volta de ‘si’, por mera e pura negligência ou por vontade própria, montanhas de “problemas e perigos”, que facilmente poderiam ser evitados se tão simplesmente a direção do MPLA, tivesse em conta a prática, da tradução e interpretação desta importante palavra; SABEDORIA, inegavelmente, consubstanciado no popular e sábio slogan ou palavras de ordem; “o mais importante é resolver os problemas do povo”.


Por isso a palavra de Deus, avisadamente exorta; “Feliz o homem que achou sabedoria…” e explica mais adiante o porque, “porque tê-la por ganho é melhor do que ter por ganho a prata, e tê-la como produto é melhor do que o próprio ouro. Ela é mais preciosa do que os corais, e todos os outros agrados teus não se podem igualar a ela.” – Provérbios 3:13-15.
Mais adiante continua o provérbio, personificando a sabedoria, esta clama as seguintes palavras; “A vós, ó homens, é que estou chamando, e minha voz é para os filhos dos homens. Ó inexperientes, compreendei a argúcia; e vós, estúpidos, entendei o coração.” —  Provérbios 8:4, 5.


“RESOLVER OS PROBLEMAS DO POVO”


À muito que o MPLA exonerou-se desta importante e capital responsabilidade, acumulando assim por consequência uma serie de outros problemas e perigos, cego pela descomunal e despatriótica cobiça e pela comprimida estupidez, perdeu voluntariamente a capacidade de aplicar o “conhecimento e o entendimento” com bom êxito na solução dos problemas do povo, arruinando o objetivo da sua governação, que, ano após ano (os problemas do povo) foram irremediavelmente se acumulando e obvio, multiplicando, hoje praticamente tais “densas nuvens” de problemas asfixia a maioria esmagadora das populações de Angola, tornando a vida dos mais pobres um rigoroso pesadelo.


No que se refere aos ex-militares, é muito mais evidente, a incapacidade propositada da direção do MPLA em resolver os problemas desta importante faixa da população, esta incapacidade é inegavelmente traduzida numa única palavra; INGRATIDÃO e para ser mais especifico, digo; TRAIÇÃO.


Por isso, o MPLA, por estar tão eivado de traição, estimula tal acto, corrompendo dirigentes de outros partidos, para “ingressarem no M” a troco de alguns tostões e bijuterias,  a fanfarra (entenda-se imprensa oficial e anexos) dão vivas, a tal “patriótica façanha”, Quando acontece o contrário (indivíduos do M, abandonam-no) quase que fazem estremecer os pilares da razão, pintando tais indivíduos piores do que o diabo. Mas porque, dão mundos e fundos aos cidadãos que abandonam outros partidos para ingressarem no M, e não dão absolutamente NADA a aqueles que desde o princípio, nas horas difíceis, edificaram com suor e sangue o M?


É por demais incompreensível e para lá de todas as balizas do “bom senso”, que o MPLA e o seu executivo “deixem para trás” completamente abandonados, milhares e milhares de compatriotas que deram tudo de si, para que o MPLA estivesse no poder, dezenas senão centenas de milhares de outros compatriotas, perderam as suas vidas em defesa do MPLA.


Lembro-me “como se fosse hoje” no funeral de um dos meus companheiros de Luta, oficial das FAPLA; Alfredo Morais de Castro, sepultado (este, teve a ‘sorte’ de ter um funeral decente, milhares não o tiveram) no cemitério da Camunda/Benguela, no discurso fúnebre, o comissario politico em funções, em nome da direção, vigente do MPLA e do Governo da então, República Popular de Angola, JUROU e assegurou por três vezes, que cuidariam da viúva e especialmente dos filhos até estes atingirem a maioridade. Tal juramento e palavras caíram num “saco roto”.


Aguardamos com muita expetativa pelo fim da guerra, compreendendo de que o fator guerra estava a impedir o governo e o MPLA, de prestarem a devida atenção aos ex-militares, embora ainda no decurso da guerra fratricida, “vermos” e ouvirmos de muitos chefes militares e políticos a enriquecerem-se despudoradamente, a custa de milhares de cadáveres de seus companheiros e do trucidar, de corpos jovens definitivamente mutilados.


“Quem me Comeu a Carne…”


Chegou enfim, o muito suspirado fim da guerra, militante e piamente não deixamos de acreditar no MPLA e na sua direção (tal ‘blasfémia’ não nos passava pela cabeça, naltura), aqueles que o puderam fazer, arregaçaram as mangas, apesar de “herdarem” corpos debilitados pelas escarpas da guerra e da fome, muitos dos camaradas assim como os finados PPC e Faísca, afirmavam orgulhosamente; “Quem me comeu a carne, que me coma também os ossos”.


Arregimentaram-se no apoio incondicional ao MPLA, e em duas ocasiões eleitorais trabalharam e deram a vitória ao MPLA, este como sempre multiplicou-se em promessas e outras tantas juras coloridas, a favor do povo e especialmente daqueles que se sacrificaram denodadamente pela vitória do MPLA.


PPC e Faísca, quando em vida traiçoeiramente esquecidos, morreram miseráveis, provavelmente conturbados e chocados com a “sorte-maldita” que lhes coube, cumpriu-se a funesta profecia o MPLA sem dó nem piedade, acabou mesmo por, qual sádico vampiro “lhes comer também os ossos.”


A TRAGÈDIA Pós Guerra


Passados dez anos, após o alcançar da PAZ, qual é o balanço que podemos aferir do resultado da governação do MPLA em condições de paz, na solução dos “problemas do povo” e principalmente dos ex-militares?


Governação pavorosamente desastrada, que deixa tremulamente arrepiado a maioria dos autóctones, face a descomunal riqueza que dispõe o País, e a escassa população que somos. O arrepio é tal que nos deixa o cabelo eriçado, se compreendermos que o Angolano além de generoso é vivamente humilde, e solicitou/exige apenas duas coisas básicas da governação; “Pão e Água”.


MPLA foi incapaz de conceder e satisfazer tal súplica da população. E como se não fosse pouco, partiu para a violência, desprezando ferozmente as suas bases, atirou impiedosamente milhares de pobres para as diversas “Chavolas” espalhados pelo País adentro, importou insensivelmente centenas de milhares de trabalhadores expatriados em nítido prejuízo dos Angolanos, a causa de mais de 50% do desemprego no País, e a fonte de ‘quase-todas’ as desgraças.


MPLA, esmagou com despropositada e desnecessária violência manifestações pacíficas de jovens (nossos filhos, indignados pelo nosso estado) que reclamavam apenas o essencial para uma vida digna; “Liberdade, Pão e Água”. Em alguns casos, não hesitou até de fazerem desaparecer outros tantos, tais como os compatriotas; Kamulingue e Kassule, que reclamavam tão-somente o cumprimento da juramentada promessa do MPLA feita á 20 anos, renovada na “edição” eleitoralista de 2008.


Ao longo destes 20 anos de “militante espera” e messiânica paciência, vêm agora, dizer-nos que “vamos cumprir com as promessas no período legislativo pós eleições”… É de acreditar?


Há 20 anos atrás, “quando tudo começou” eramos maioritariamente “ainda” jovens, HOJE, estamos na sua maioria, acima da faixa dos 50 anos de idade, o MPLA pede-nos mais apoio e paciência (que eles não tiveram, no apressado e fácil enriquecimento multimionário), que idade teremos, no fim do próximo mandato? (que agora serão de 5 anos). Vamos esperar mais 5 anos, e depois outros 5 anos, e assim desgraçadamente, por diante?


O MPLA, provou-nos que não tem, por vontade própria habilidade e DESEJO, ou vontade política de resolver os nossos problemas, hoje já não temos a idade e o arcaboiço que tínhamos á 20 anos atrás, estamos mais velhos, extremamente debilitados, mais pobres embora mais lúcidos – graças á Deus - para compreendermos afinal a verdadeira identidade dos que compõem a direção do MPLA, e menciono um único exemplo;


 A reabilitação de fachada do edifício do Club da Ganda, importou aos cofres do Estado, mais de UM MILHÃO DE USD, uma obra orçada em pouco menos de duzentos mil USD. – Quantas obras como estas, ‘brotam’ do nosso solo e expostos escandalosamente á nossa vista?


porem querem pagar aos soldados que «fizeram» 10 – 15 anos de serviço militar nas extintas FAPLA, uma ímpia compensação de Kz 55’000.00 (um único pagamento), por serem simplesmente SOLDADOS, em País nenhum do mundo uma prestação de serviço de 10 anos é atribuída apenas o grau de Soldado ou tal irrisória «compensação monetária?.


Manuel Rabelais, foi publicamente indiciado pelo Tribunal de Contas, por práticas lesivas aos interesses do Estado, Rabelais foi posteriormente recompensado por tais práticas; nomeado para um cargo junto do gabinete de JES.- Aqueles que serviram as FAPLA, são dolorosamente ostracizados, é tal justo?


Bento Kangamba, candidato a deputado pela lista do MPLA, concorre ilegalmente ao arrepio da LEI. - Uma demonstração inequívoca de abuso de poder e de falta de disposição de cumprir a lei.


MPLA nunca se pronunciou a-propósito, da ilegalidade acima mencionada, assim como também não o fez em relação ao Rabelais, e NUNCA se pronunciou em conformidade ao desaparecimento dos compatriotas Kamulingue e Kassule, - Para o MPLA, tais pronunciamentos não são necessários, porque entendem que não têm que dar explicações a ninguém e muito menos ao POVO, o MPLA assume ser o dono do País, por isso não se inibirem em passar por cima da Lei. – Uma clara indicação de que tal nocivo comportamento vai continuar e piorar no próximo mandato.


BASTA! – Vamos derrubar a Fraude!


Ora, chegou a altura de mostrarmos ao MPLA e a todos os arrogantes e presunçosos políticos, que o verdadeiro PODER reside no povo, e que qualquer governação seja ela de que Partido for, tem que estar baseada na satisfação das necessidades do povo.


O extremamente doloso comportamento da CNE, anuncia-nos alto e bom som que a FRAUDE, é a aposta do MPLA para atingir mais uma vez o “cume da montanha” e por lá fazer morada por mais 5 anos, por isso o MPLA, exibir com uma desprezível à-vontade e descaramento, o comportamento insano e insensível face á solução dos problemas do povo, por isso a multifacética violência em todas as latitudes da vida do País… “não precisam dos votos; JÁ GANHARAM!”


Ora chegou a altura gritar, que o POVO é o “ponto de partida e o ponto de chegada” de toda a atividade politica. O povo é o principal actor e interessado que o acto eleitoral que se aproxima decorra dentro da LEGALIDADE, e que todos os actos relacionados com o pleito eleitoral se conforme com a LEI, para a justa preservação da PAZ e da DEMOCRACIA.


O MPLA não pode arrogar-se ao direito de afirmar que o facto de “se conformar com a Lei” é cedência de qualquer género. A UNITA qual “David” ao proceder um combate desigual contra a FRAUDE elaborada pela CNE e MPLA, está a exteriorizar o desejo do povo, está a defender os interesses do povo e a Democracia.


Queremos que o futuro governo a emergir do pleito que se avizinha, sê um governo composto por homens sábios, e primos irrestrito da sabedoria, um governo que, dê uma atenção particular ao HOMEM, e que venha a suprir com abundancia; Pão e Água e alargue em todas as direções o conceito pratico da LIBERDADE, pelo qual se bateram os melhores filhos desta Pátria.


Para que o crescimento económico (tão “publicitadamente badalado” pelo MPLA) sê acompanhado também de real crescimento dos índices de desenvolvimento humano (IDH), significando assim e na prática “melhor distribuição” da riqueza colectiva.


VOTE NA PAZ, VOTE NA DEMOCRACIA!


Por isso vou votar, no número 1 alinhado no boletim do voto, por isso vou sair a rua no dia 25 de Agosto, fazendo coro com todos os homens de boa vontade; “LIBERDADE – UNIDOS PELA MUDANÇA”


A sabedoria, preserva vivos aqueles que a abraçam, vamos votar pela preservação da vida e do contínuo bem-estar, para os nossos filhos e netos. Sejamos sábios irmãos, compatriotas!

Isomar Pedro Gomes