Luanda - Em qualquer País do mundo, que se preze ser civilizado, qualquer pessoa que desapareça misteriosamente ou sem ser do conhecimento geral ou de sua família mais próxima, é inequivocamente um assunto de polícia, há procedimentos e departamentos encaixados na estrutura da polícia de qualquer País do mundo, que trata especificamente de tais casos…


Fonte: Club-k.net


Dizia, em qualquer País do mundo civilizado. Angola não se enquadra no grupo de países civilizados, Angola é um País atípico regido por uma constituição atípica, constituída por uma Policia atípica constituída para a defesa única do soberano atípico ou seja de JES.

 

Kamulingue e Kassule, pobres e humildes cidadãos, ex-militares, desapareceram á mais de 3 meses, sem deixarem rastos, as suas famílias estão agoniadas de tanto desespero. Alertas, comunicados e participações varias de diversas índoles e proveniências, foram feitas a Policia Nacional, e a todas as instituições de justiça, na esperança de que esta sensibilizada, fingisse ou que pelo menos desse uma dica, em relação ao paradeiro dos compatriotas acima citados.


Responderam, - Pasmem-se – nada saber, e ficaram por aí! Nem se deram ao desplante de encenarem uma imaginável e incómoda investigação policial ou exibir um mínimo de preocupação. Porque não o fizeram? Porque, pobre não é cidadão, pobre não tem direitos. Kamulingue e Kassule, São apenas dois cidadãos, que atreveram-se a reclamar o que o regime publicamente, respondeu mais tarde, estar a cumprir, o pagamento das pensões dos ex-militares, que tipifica o acerto ou justeza da ação dos malogrados. Dois cidadãos não sensibilizam a casta JES, pois é sabido que, em 1977 fizeram desaparecer milhares e milhares, e ficaram assim vacinados, ou imunizados do sofrimento do pobre.


O MPLA-JES, COEMA e o seu Líder, estão quedos e mudos, dá-me a impressão que alguém esta a utilizar o Coema, para outros fins, que não seja o interesse coletivo da classe, outras tantas associações de ex-militares idem.


JES nunca se referiu, nunca se pronunciou a favor ou sobre o assunto do desaparecimento destes nossos compatriotas, talvez porque eles não são; São-Tomenses e muito menos Portugueses.


A sociedade civil Angolana, pelo que parece, está muito longe de mostrar solidariedade aos seus próximos, desde que não seja o Zé a vitima, finge nada escutar, nada ver e muito menos sensibilizar-se com a dor alheia. Temos que mexer com a sociedade, pois o próximo a desaparecer poderá ser qualquer um de nós.


Vamos ficar impávidos, serenos e fingirmos que está tudo bem, enquanto dois dos nossos irmãos desapareceram por um acto criminoso da polícia/milícia de JES?

Pior ainda, vamos imitar JES? Kamulingue e Kassule não são tão Angolanos como qualquer de nós vivente desta Pátria?


Se os mesmos tivessem por uma eventualidade qualquer, desaparecido na Republica da Africa do Sul, á muito a Policia Sul-Africana, tinha o assunto resolvido e esclarecido.


Infelizmente, Angola não é Africa do Sul e também não é Portugal, para o mal dos pecados das respectivas famílias – Kamulingue e Kassule – quem se seguirá?


Domingos Bernardino Vilombo  -- (  Redactor do portal : www.ponto-final.net)