Lisboa -  O regime angolano esta a ser criticado nas redes sociais, por ter feito sair, via Jornal de Angola, um cartoon cuja mensagem subentendida procura culpar ou  responsabilizar a UNITA, pela falha de água que se registra nas ultimas semanas, em Luanda.


Fonte: Club-k.net

“O Jornal de Angola é o maior desestabilizador de Angola”

As reações não se fizeram esperar.  Segundo o  activista e pastor  Al Felix, “Quando a maioria dos Angolanos tenta olhar adiante, buscando soluções para as mazelas atuais (a falta d'água e luz elétrica, pra citar apenas estas), o Jornal de Angola, diário do Estado, ressuscita ignomínias dos tempos idos da guerra civil, numa real amostra da incapacidade gerencial de tirar-nos do lodaçal a que estamos e total intenção de alienar ainda mais o povo, que HOJE sabe que não foi só a UNITA que destruiu este País.“


Para  Luandino Viana “O Jornal de Angola precisa urgentemente ser parado. Mesmo após as eleições, este  veiculo continua a seduzir a nação ao conflito. Como não conseguem vender papel, precisam de sangue nele para ver se assim conseguem vender mais.”


O mesmo pensamento é partilhado por José  Vieira para quem “o JA é o maior desestabilizador de Angola. Não percebo porque a oposição não chama o ministro que tutela a impressa pública a uma Comissão de Inquérito para se apurar a responsabilidade pela falta de isenção desses órgãos de comunicação social do Estado?”,


“O incompetente vive a vida culpando outros em vez de concentrar - se e tentar arranjar soluções. A tempos ouvi um grande incompetente dizer que a pobreza em Angola e uma herança dos colonos porque no tempo dos pais dele ja existia pobreza em Angola. Lembram - se” precisou o activa  Tony Passos Lopes.


Diferente da insinuação  do Jornal de Angola, a EPAL - Empresa Pública de Águas de Luanda fez sair um comunicado  informando que “ as restrições no abastecimento de água é motivada pelas fracas chuvas na região de Kapanda, provocando baixo nível do caudal no rio Kwanza, reflectindo deste modo na captação, produção e distribuição de água em função dos sucessivos cortes de energia.”


Em consequência disto, as estações de bombagem de Kasseque e de tratamento de água da região de Kikuxi estiveram sob corte de energia nos dias 29 e 30 de Setembro de 2012, afectando a distribuição de água para alguns bairros da província de Luanda.


"A Epal-Ep pede desculpas pelos transtornos causados, informando que esforços estão a ser feitos para o equilíbrio e melhoramento da quantidade e qualidade de água a distribuir", conclui o comunicado.


Comentario de Reginaldo Silva no facebook


Acho que a "história" de Capanda não está a ser muito bem contada. Acabo de ler numa publicação especializada esta outra "história" sobre a barragem: "É considerado “tecnicamente falaciosa” a explicação segundo a qual a insuficiente produção de energia da Barragem de Capanda, Angola, é consequência da falta de chuvas e seus efeitos no enchimento da respectiva albufeira. Em meios técnicos competentes considera-se que um enchimento completo da albufeira poderia, por efeito da maior pressão exercida sobre o paredão da barragem, pôr em perigo a mesma – aparentemente desprovida de consistência."-In África Monitor


Constou-me ainda que em Agosto, mês das eleições, houve uma gestão mais política do que técnica das reservas de água disponíveis, o que terá contribuído para agravar ainda mais a situação. Enfim, acho que há muito mais para se saber sobre Capanda. É caso para dizer que só sei, que nada sei..