Luanda - Um dos tópicos da abordagem feita esta semana na Ecclésia aos jornais de fim-de-semana, foi o julgamento de Quim Ribeiro, por ter sido tema de capa de vários semanários. Para o efeito, limitei-me a reflectir sobre o assunto apenas com base no conteúdo da matéria da “Capital”, o que pelos vistos não foi uma boa opção.

Fonte: Facebook.com/regils

Posteriormente alguém que não é jornalista mas tem vindo a acompanhar o julgamento que decorre na Base Naval da MGA, chamou a minha atenção para alguns pormenores.


Com mais tempo fui ler as restantes matérias dos outros jornais sobre o mesmo assunto e de facto cheguei a conclusão que teria produzido um comentário mais de acordo com os factos, se não ficasse apenas com as informações avançadas pela “Capital”.


Com efeito, nenhum dos outros jornais que eu li, faz referência aos supostos insultos/ameaças contra a sua pessoa de que Augusto Viana se queixou, segundo a Capital, como sendo proferidos na sala de audiências pelos réus.


Todos os outros jornais questionam frontalmente a idoneidade moral de Viana como testemunha de acusação, deixando claramente entender que ele estaria melhor sentado se estivesse no banco dos réus.


Dito isto, reitero o que afirmei segunda-feira, em relação ao carácter negativo que este processo está a ter para a imagem da corporação, o que não pode ser confundido com nenhum julgamento antecipado dos réus no caso em apreciação.


Como todos os cidadãos, os oficiais que estão sentados no banco dos réus do “processo Quim Ribeiro” e que este mês cumprem dois anos de detenção, continuam a merecer da presunção da sua inocência, enquanto o processo não transitar em julgado. E mais (para já) não digo.