Brasil – Sou um fervoroso adepto de uma pedagogia optimista, científica, humanista e prática que aposte numa educação integral das crianças de maneira a formar nelas uma personalidade inteligente e triunfante para que fiquem minimamente preparadas para saberem levar uma vida feliz e digna.

Fonte: Club-k.net

É, afinal, uma educação para a autonomia e a sabedoria, libertando todos os recursos com que a criança nasce e que a educação convencional ou ignora ou simplesmente inibe, dando origem a tantas inteligências fracassadas!

A classe docente e não só, muitas vezes usa de forma indevida o termo analfabeto. O que me leva a perguntar: Sabemos realmente o que isso significa?

Pessoalmente, entendo que considera-se analfabeto o indivíduo que não sabe ler nem escrever. No entanto, levando-se em consideração o que os próprios dicionários apontam quando indicam como sinónimo de analfabetismo o desconhecimento em determinado assunto ou matéria, podemos ampliar o sentido para o termo.

Até pouco tempo atrás diferenciava-se o alfabetizado do não alfabetizado exclusivamente pela consciência fonológica, que é a responsável por fazer com que as pessoas consigam associar sons e letras para a concepção e interpretação de palavras.

Hoje, a alfabetização não é mais vista como a adaptação e adequação de códigos. Ela envolve um processo complexo sobre representações linguísticas. A alfabetização contemporânea não restringe-se mais ao fato de se saber ler e escrever.

Após saber ler e escrever a pessoa terá condições de adquirir novos conhecimentos e novas culturas, aperfeiçoando-se pessoalmente e socialmente. A esse processo dá-se o nome de letramento. Às vezes, mesmo lendo e escrevendo, o indivíduo é considerado analfabeto, isso se dá porque lhe falta conhecimento e entendimento.

QUAL O PAPEL DO DIRECTOR PEDAGOGICO EM NOSSA REALIDADE?

O coordenador pedagógico, ou seja, sub-director pedagógico se preferirmos, se consolida cada vez mais como formador, orientador de um trabalho colectivo e elo de ligação entre as pessoas (colectivo de professores), o projecto escolar e os conteúdos programáticos.

Isso porque a formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexividade crítica sobre as práticas e de reconstrução permanente de uma identidade pessoal. Por isso é tão importante investir na pessoa e dar um estatuto ao saber da experiência (Nóvoa, 1995, p.25).

Os nossos profissionais têm esse perfil? Conhecem esses atributos? Ou são meros reprodutores de conteúdos, arrogantes e desconhecedor de sua real função?