Luanda – Os cemitérios do Alto das Cruzes e Santana, localizados nos distritos da Ingombota e Kilamba Kiaxi, em Luanda, estão limitados na recepção por falta de espaço, revelou nesta terça-feira, o chefe do departamento de cemitérios e morgues do governo provincial, Filipe Mahapi.

Fonte: Angop

O responsável disse que o Alto das Cruzes e Santana, construídos em 1800 e 1940, respectivamente, estão a receber funerais com base em solicitações de familiares para reabertura de campas legalizadas há cinco anos ou outras abandonadas.

Como alternativa, o Governo Provincial de Luanda (GPL) ampliou o Cemitério da Camama (Kilamba-Kiaxi) para mil metros de cumprimento e 500 de largura, elevando a sua capacidade de mil sepulturas para 1500. Este cemitério tem efectuado 100 funerais
diários.

Neste momento, de acordo com o responsável, está em construção uma nova capela, áreas de jardinagem, asfaltamento dos arruamentos, tendo sido adquiridos materiais para a abertura de covas e um lote de dez carretas (carros funerários). O Camama tinha uma média de três mil funerais por mês, em 2011, contra os actuais 1.350, na sua maioria de adultos.

Em relação ao Cemitério do 14, reabilitado há cerca de um ano, beneficiando ainda da plantação de árvores, balneários, pintura da vedação, conta com uma capacidade de 100 funerais por dia.

O responsável informou que, com a abertura do novo cemitério no bairro do Benfica, município de Belas, com mil metros de comprimento e igual extensão de largura, tem capacidade de duas mil covas e 200 funerais por dia, a situação de funerais será mais confortável.

Este cemitério, considerado o maior do país, possui uma secretaria-geral, arruamentos, duas capelas, recintos para estacionamento de viaturas e estará dotado de equipamentos modernos.

A Direcção Provincial dos Cemitérios e Morgues localizou, nos últimos quatro anos, 14 cemitérios ilegais (clandestinos), dos quais apenas o dos Molenvos (Viana) e Musseque Capari (Cacuaco) foram transformados em municipais, enquanto os restantes estão vedados e encerrados.

Devido ao aproximar do dia dos finados, 2 de Novembro, o responsável apela aos familiares de defuntos sepultados nos diversos cemitérios da capital a fazerem as respectivas arrumações e reabilitações das campas, no sentido de se dignificar os mortos.