Benguela – A recondução dos vice-governadores provinciais de Benguela sob proposta do governador provincial Armando da Cruz Neto, está no centro de análises críticas por parte da sociedade civil e nas várias correntes de simpatizantes e militantes do MPLA.

Fonte: Folha 8

Os “murmúrios” de vários quadrantes que mexem com a opinião pública de Ombaka, estão todos centrados, de acordo o apuramento do Folha 8, no desgaste da imagem dos reconduzidos particularmente para Agostinho Felizardo e Henrique Kalenga que já se encontram há mais de 20 anos no “poder”.

Detentores de um património automóvel, imobiliário no país e no estrangeiro e sócios de empresas ligadas a construção civil, sempre dentro das grandes empreitadas, a recondução dos mesmos para o referido cargo, surge assim no entender das fontes contactadas por este semanário como uma afronta e desrespeito aos cidadãos que apesar de tudo voltaram a dar um voto de confiança ao MPLA.

Com um potencial de quadros a vários níveis entre militantes e simpatizantes a perpetuação dos actuais dirigentes no aparelho governativo das acácias rubras dá assim mais um sinal de se perpetuar a impunidade e a mediocridade que os actuais governantes já demonstraram nas últimas décadas.

Os mais atentos a movimentação dos vices já reconduzidos e agora restando os directores provinciais que segundo fonte do Folha 8 também não vai apresentar grandes surpresas, sustentaram que as consequências poderão ser desastrosas nos próximos exercícios eleitorais com particular destaque para as autarquias.

O número elevado de abstenção e voto em branco na província de Benguela e a eleição de um deputado pelo Galo Negro nas eleições do dia 31 de Agosto, são apontados como exemplos das reflexões das várias correntes de opinião da sociedade civil próxima ao partido no poder que vêm na manutenção dos governantes com imagens em desgaste como um sinal de continuidade do mesmo sistema de governação que Benguela considera imperioso a sua mudança com novos rostos e estratégias.