Lisboa – A maioria dos países lusófonos melhorou a sua posição no 'ranking' deste ano da organização Transparency Internacional sobre percepção de corrupção, com destaque para Timor-Leste, mas Cabo Verde e Moçambique foram excepções. No 'ranking' divulgado nesta quarta-feira, 05, incluindo dados de 176 países e com uma nova metodologia para calcular a pontuação de cada país, é Timor-Leste que regista uma maior subida entre os Estados lusófonos, de 30 lugares, para a 113ª posição.

Fonte: Lusa

São Tomé e Príncipe escalou 28 lugares em relação à edição anterior, situando-se na 72ª posição, um pouco acima do Brasil, que na 73ª posição regista uma subida de quatro lugares face a 2011. Angola subiu nove lugares, para a 157ª posição geral, e até a Guiné-Bissau, que viveu um golpe de Estado em Abril passado, surge em melhor posição, a 150ª, quatro lugares acima de 2011.

A Transparency Internacional dá conta de poucas melhorias no combate à corrupção a nível internacional, mesmo no caso de sociedades que viveram recentemente transformações ou revoluções no sentido da democracia, segundo a presidente da ONG, Huguette Labelle. "Os governos precisam de integrar acções anti-corrupção em todas as tomadas de decisão públicas", afirmou Labelle na divulgação do ranking.

"As prioridades devem incluir melhores regras sobre 'lobbying' e financiamento político, tornar mais transparentes os gastos públicos e contratações e tornar os organismos públicos mais responsáveis perante as pessoas", adiantou.

O Índice de Perceção da Corrupção é calculado a partir de indicadores de corrupção de entidades internacionais como o Banco Mundial. Entre os países lusófonos, Cabo Verde continua a ser o melhor colocado, depois de Portugal, mas este ano registou uma quebra de oito lugares, para o 39.º. Também Moçambique recuou, de 120.º para 123.º, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira.

Portugal registou uma pequena variação na pontuação que ditou uma descida ligeira de 32.º lugar para 33.º. Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia surgem em primeiro lugar entre os 176 países avaliados, todos com uma classificação de 90 (num máximo de 100).