Benguela  - Pelo que parece, Impune e ‘com manto real’, a vergonha e a demência ‘orgulhosos’, numa repulsiva simbiose, deambulam pela cidade de Benguela, publicitando trágica e gratuitamente em letras garrafais o anormal despudor dos governantes e quiçá dos munícipes das Acácias Rubras e não só.

Fonte: Club-k.net

“O duende” que caminha

Refiro-me a um individuo doente mental (não confundir com duende), que percorre as artérias da cidade e da periferia – escolhendo vaidosamente os locais mais concorridos – como numa passerelle, “tal como veio ao mundo”, exibindo violentamente a sua “crua e nua” nudez, na maior das calmas perante a sociedade, provavelmente já insensível a propagação do vírus “anti moral/Bons costumes”. Um cenário misto de ‘fazer dó’ e de violenta repulsa, uma imagem quase fantasmagórica (duende), “alto, delgado, cabelos duramente desgrenhados á ‘Marley’ (sem ofensas aos seguidores de Marley) e a feder um pestilento e nauseabundo odor (as pessoas habituaram-se a conviver com o que é imundo – inacreditável!). “Estamos sempre a subir!!!”

Por isso compreende-se a multiplicação nociva de outras facetas da actuação do referido vírus; indivíduos há, que, quando “apertados” de “chichi”, não têm meias medidas, ‘sacam’ com todo o desplante o “5º membro” do seu esconderijo, exibem-no (nem se dão ao trabalho de encostar-se a uma árvore ou a uma parede, para dissimular ‘decência’… Para quê mesmo?!) perante uma sociedade incompreensivelmente cada vez mais indiferente.

Certa vez vi (com os olhos, que a terra um dia há-de comer) um cinquentão a assim proceder, quando chamei-o a atenção, perguntando-lhe que exemplo estava a prescrever para os mais novos, nomeadamente os seus netos, um palavrão do tamanho da vala do rio coringe escapou da sua “cloaca”…

A NUDEZ DE CADA DIA!

A “nudez que estamos com ela” entra-nos (sem pedir licença) pelos olhos adentro em cada segundo, minuto e hora da nossa “quase insana” existência, as meninas e algumas senhoras (ou que parecem ser), exibem o seu corpo “á torto e a direito” (á anduta), aquilo que é costumeiro ver apenas, por e a quem de direito, na calada da noite ou sob a discrição das quatro paredes é exposto a vivo e a cores, na vitrina geral do quotidiano. Os rapazes inclusive não se deixam ultrapassar na contramão, exibem grosseiramente de igual modo a sua espalhafatosa roupa interior a “meia-nudez”. A isso chamam ‘evoluir’.

O concurso de miss(es), não estará na origem deste vandalismo contra os bons costumes? Quando algumas das nossas meninas exibem “a granel” o seu corpo, perante um suposto selecto grupo de pessoas, que o são, precisamente por se exibirem bem ajanotados! – Que mundo mais ‘biruta!’

Que diferença entre uma Jovem que se exibe “colocando gratuitamente quase tudo na montra” num dos badalados concurso de miss, e de outra que circula pela rua exibindo a sua tanguinha sob uma saia curtíssima ou uma atrevida & sexy “tchuna baby” expondo descaradamente os seios? “Coitadito do professor” – Parafraseando Beto de Almeida.

O corpo da mulher é semelhante a um tesouro – o melhor e maior do universo. Tesouro só o é; quando oculto, guardado e resguardado, quando é público deixa de ser tesouro, ‘passa’ a ordinário, banal e vulgar afigurando-se (para o tema em titulo) a violência. – Porem hoje tal pensamento é rotulado de; Ultrapassado, primitivo e quiçá perigoso para a liberdade da mulher.

“A nudez” também é-nos exibida ao vivo e em directo, pela Linguagem violenta, obscena e desgraçada da maior parte dos nossos co-cidadãos; crianças, jovens e até idosos. Certo dia ouvi uma criancinha de ‘uns’ 4-5 anitos a dizer para outra mais ou menos da mesma idade, “vai para a C… da tua mãe!” quase que desmaiei, não acreditei no que ouvi, porém os demais adultos nas imediações das criancinhas, mantiveram-se impávidos, nem sequer pestanejaram, alguns deles quando discerniram o assombro e o escândalo no meu rosto, trocistas, olharam para mim como se eu fosse um ET (extra terrestre).

A Televisão que deveria ser uma correia de transmissão de bons costumes – Ou o próprio veículo - é infelizmente o contrário. Vemos uma torrente de novelas a inculcarem (na maior parte das vezes) puro veneno na mente das pessoas, principalmente das crianças, as principais vítimas. A nossa TV privilegia uma serie de concursos, programas para ‘cantantes’, dançarinos etc (com designações ‘estrangeiradas’ para parecerem ‘úteis & cientifico ou civilizado’), quase sem REAL interesse publico, ao invés (também, ou na mesma proporção) de se preocuparem com a moralização e a propagação de bons costumes, alicerçando a pacificação das mentalidades, e a estabilidade da Nação, que deveria ser a PRIORIDADE da comunicação social e de toda a sociedade.

O Exemplo de Benguela

O ‘duende’ que caminha, em Benguela na sua insana inocência, acusa de MALUCO isto é de doente, cada munícipe que o encara imperturbado, bem como acusa, as autoridades (administração municipal, serviços policiais, serviços de saúde etc.) de INCOMPETENTES e quiçá criminosos.

Ao tempo (quase dois anos ou mais) que o mesmo assim (na sua demência) circula, violando a inocência das criancinhas e do PUDOR público (AINDA, existe mesmo?!), nem uma única voz se ergueu nem um único órgão de ou da vasta e imensa autoridade pública, eclesiástica ou da sociedade civil se ergueu para “repor” a ordem e contribuir para pacificar e moralizar o “quadro” e tornar um pouco mais saudável a nossa existência.

Violência na família, agora é Lei! – Será apenas um grotesco e imundo gracejo? O ‘duende’ viola vivamente o pudor público, por outro lado a sociedade viola crassamente os direitos do ‘duende’ ao não conceder ao mesmo a devida proteção e adequado tratamento. Macabro acordo; “uma mão lava á outra”, como dizia em 1977 o ‘velho’ (quase Lendário chefe do DOI-Benguela) Kiá-mukamba.

Vivemos a época do surgimento como cogumelos, de Associações de todos os ‘sabores e matizes’. Associação dos Bons Costumes (ABC), quem vai ousar assumir o desafio da ‘produção’ de uma tal associação? O receio de sermos acusados de ultrapassados impede-nos de agir como pessoas de bom senso. Ou…

Será que a inteira sociedade está doente?!

O ‘Vírus’ tem razão? O Rei esta nu?!...

“Qual será o castigo pelo que estamos a permitir que aconteça debaixo dos nossos narizes”?

ALERTA! - A sanidade de uma sociedade é medida pelo trato que dispensa aos seus doentes mentais.

Ainda é possível invertermos o quadro? - Votos de um próspero e feliz 2013, para todos os visitantes do Club-K.

Isomar Pedro Gomes