Lisboa – A constatação é do investigador e acadêmico angolano Eugênio Costa Almeida, no seu blog pululu ao lembrar que “há 11 anos, algures no leste de Angola, um simples militar, supostamente, provocou uma reviravolta definitiva na história de Angola. Liquidava o último grande líder político-militar de África: Jonas Malheiro Savimbi.”

Fonte: Club-k.net/Pululu

Para Eugênio Costa  Almeida, “onze anos passados, o seu corpo continua “escondido” por aqueles que – estranhamente, ao fim de tantos anos e de solidificação do actual sistema político nacional – ganharam o pleito militar.

“Parece – não, já é um facto – que o seu desaparecimento físico é um facto e que a “devolução” do corpo aos angolanos que o admiram e respeitam e à História angolana já não provocaria quaisquer problemas políticos e sociais.” Observou justificando que “Daí que volte a recordar o que escrevi, há cerca de 4 anos, no Notícias Lusófonas, por ocasião do 43º aniversário de Muangai, que era altura de devolver “corpo de Savimbi (…) à Família e possa ter um enterro cristão”.

Eugênio Costa  Almeida, lembra ainda  que “há um ano Calamata Numa afirmava, numa entrevista citada no portal do Círculo Intelectual angolano, que a “Morte de Savimbi foi desnecessária porque a paz chegaria em breve” e isso constacta-se na calma vida política (que já não na social) angolana. O acadêmico recomenda que “Onze anos depois é altura de fazer História e devolver à História o sossego definitivo de que ela carece”.

“É altura, pois, já que o partido que ajudou a fundar, a UNITA, nada parece fazer, do mais que já legitimado Presidente da República, senhor eng.º José Eduardo dos Santos, mostrar a sua tão propalada e proverbial benevolência política e permitir que o corpo do histórico político e guerrilheiro independentista angolano, Jonas Malheiro Savimbi, possa, por fim, descansar junto dos seus ancestrais familiares e na sua terra”, rematou.