Luanda - INTERVENÇÃO DO LIDER DA JUVENTUDE PATRIOTICA DE ANGOLA (JPA), RAFAEL AGUIAR  NA CERIMÓNIA DE ABERTURA DO Iº CONGRESSO EXTRAORDINÁRIO DA CASA-CE.

Sugere uma data consensual para juventude

A CASA-CE existe à um ano e, hoje, realiza o seu IIº Congresso. Fica aqui demonstrada a vitalidade interna desta Coligação de Partidos e de Distintas Personalidades políticas. Queiram aceitar, em nome da Juventude Patriótica de Angola, os nossos agradecimentos, por dispensarem o vosso precioso para ouvirem as preocupações dos jovens angolanos.

Excelências, a dinamização da Juventude Patriótica de Angola (JPA) foi protagonizada por um grupo de jovens patriotas, em Luanda, no mês de Março de 2012, sob inspiração do Presidente da CASA-CE, Dr. Abel Chivukuvuku.

Na altura, ficou claro de que os membros e dirigentes da JPA são a reserva politico ou ideológica da nossa coligação e pontas de lança na caça ao voto.

Os membros da JPA não estão vocacionados para lamentar e choramingar, mas sim para agirem e lutarem pelo poder político e para realizarem os anseios da juventude angolana. O sucesso desta missão passa pelo respeito da hierarquia, da instituição "mais velhos" e, sobretudo pelo espirito de sacrifício, unidade na diversidade, humildade, organização, vigor, criatividade e empreendedorismo, sem perder a nossa vocação juvenil de críticos e autocríticos.

Dos dirigentes da CASA-CE, a JPA espera que os jovens não sejam tratados, apenas, como a força e energia física para o trabalho político. Auguramos que os jovens sejam, tal como têm sido, recompensados a realizar missões sociais relevantes dentro da coligação e junto de instituições do Estado, para defenderem, com mesmo vigor e sabedoria, os interesses da nossa coligação e da juventude angolana. Neste particular, e na qualidade de responsável máximo da juventude Patriótica de Angola, reafirmo a confiança total nos membros da Direcção da CASA-CE e, em particular do seu Presidente Abel Chivukuvuku de assim procederem!

Estimados congressistas, minhas senhoras meus senhores;

Com muita tristeza informamos que, desde a independência de Angola, o Partido e o Presidente que dirige o país, nunca aprovaram uma política juvenil de Estado. Por isso, oficialmente, não sabemos quando inicia e termina a idade juvenil em Angola. Este facto demonstra que a juventude e os seus graves problemas não constituem da elite governamental angolana. Por isso, os problemas da juventude são tratados de forma atabalhoada, desorganizada e discriminatória.

Os principais problemas que a juventude rural, urbana, estudantil, militar, deficiente física, etc enfrenta são os seguintes: desemprego, baixo salário, dificuldades de acesso à formação académica e profissional, falta de habitação, falta de acesso à assistência médica e medicamentosa suficiente e de qualidade, prostituição, alcoolismo, o consumo de drogas e estupefacientes, delinquência juvenil, pobreza, fome, perseguição política, raptos, exclusão e descriminação social, tortura e em alguns casos morte. À estas macas, junta-se a falta ou fraca participação da maioria dos jovens na vida política nacional.

O nível de vida da maioria dos jovens angolanos, nas zonas urbanas, nos musseques e nas zonas rurais, é baixo e precário. Pois, a maioria não tem acesso à água potável, energia eléctrica, saneamento básico, informação plural e não intoxicada, formação académica e profissional de qualidade, bolsas de estudo, crédito bancário, adubos e sementes, etc.

Excelências, caros congressistas, senhoras, senhores e estimados jovens.

O sistema de ensino angolano e, sobretudo a actual reforma educativa estimula a mediocridade e a má qualidade de Ensino. Por exemplo, no Iº ciclo de ensino e fruto da monodocência, mais de 50% dos professores que leccionam as disciplinas de Matemática, Língua Portuguesa e Educação física não estão preparados para o efeito; mais de 50% do sucesso escolar decorre da aprovação de classe administrativa ou fraudulenta, superiormente orientada; mais de 50% dos filhos dos governantes, que defendem a reforma educativa, estudam em escolas estrangeiras, sobretudo francesas e portuguesas.

Para nós, as bases do sistema de ensino e aprendizagem devem assentar na realidade sócio - cultural de Angola; na nossa visão sobre o rumo da humanidade; na formação sistemática e contínua dos professores e de todos agentes educativos; na criação de condições salarias e laborais estimulantes e no apetrechamento das escolas de bibliotecas, laboratórios e de salas de novas tecnologias.

Em relação a promessa do Presidente do MPLA e no poder de construir uma casa por dia e de dar casa à todos jovens sem abrigo, temos o doloroso dever de informar que fracassou. Pois, a maioria esmagadora da juventude continua sem casa.

Quanto as novas centralidades, sobretudo a de cidade do Kilamba, reconhecemos que depois de uma grande pressão da CASA-CE e do seu Presidente, Abel Chivukuvuku, o Presidente da República orientou o povoamento da referida cidade. Em relação a este processo, a juventude continua a perguntar-se o seguinte:

Afinal quem emperrava o povoamento da cidade fantasma do Kilamba?

Porquê é que os jovens que não têm casas, nem próprias nem de aluguer, foram, mais uma, esquecidos?

A venda de casas nas várias centralidades demonstra ou não o carácter injusto, desorganizado e discriminatório do Executivo e do MPLA?

As respostas que cada um deu à estas questões levaram a concluir que a resolução do problema habitacional da juventude depende, claramente, da saída do MPLA e do seu Presidente do poder político em Angola.

Jovens Desportistas, fazedores da cultura e da arte, jovens no geral

Não há uma política desportiva séria e sistemática em Angola. O processo da prática desportiva é fraudulento e discriminatório, pois, os clubes desportivos não recebem a mesma quantia financeira por parte deste Estado.

O critério fundamental para o financiamento, promoção e massificação desportiva é, a manutenção do actual Partido e Presidente no poder político em Angola.Com efeito, adulteram-se e fabricam-se a idade dos atletas e os resultados eleitorais para manter a frente das federações desportivas homens "servidores" do Presidente e do Partido político no poder em Angola. Pois, quando as selecções desportivas nacionais vencem um trofeu ou uma competição atribui-se mérito ao Presidente da República e ao MPLA e quando esta mesma selecção perde são culpabilizados apenas os dirigentes desportivos, os treinadores, os atletas e o povo angolano. Como consequência, o futebol angolano não se impõe em África e no mundo; o Basquetebol está em queda livre, e o mesmo poderá ocorrer com o Andebol, caso não se inverta o quadro.

Para a JPA, o Desporto deve ser uma escola e uma indústria ao serviço da unidade nacional, da educação e instrução da juventude, ao serviço da ocupação recreativa e profissional da juventude; da produção cultural, material e financeira; da promoção da imagem de Angola e da auto-estima dos angolanos e angolanas.

Aproveitamos o ensejo para endereçar a nossa admiração e felicitação a todos jovens agentes desportivos, Atletas, empresários desportivos, jornalistas e claques de apoio. Apelamos que se sintam estrelas e pérolas de Angola e nunca propriedade privada de um Partido e um líder Político.

A política cultural angolana promoção apenas símbolos e personalidades ligados ao MPLA. Nesta terra, o sistema de promoção cultural e de apoio aos jovens fazedores da cultura, da arte e da ciência é discriminatório e fraudulento. Pois, os músicos que não entram no esquema de apoiar a manutenção do poder do MPLA e de seu Presidente, são simplesmente abandonados. Por isso, a maioria dos jovens músicos de sucesso são intimidados e proibidos de actuar em eventos dos Partidos Políticos da oposição.

Aproveitamos o ensejo para felicitar e encorajar todos jovens fazedores da cultura, da arte, da ciência e garantir que com o presidente da CASA - CE no poder, jamais serão coagidos a descriminar os Partidos Políticos da oposição. Tenham certeza absoluta de que com a CASA-CE e de Abel Chivukuvuku no poder, o sucesso de cada um, vai depender, somente, do seu dom, dotes, habilidades, criatividade, empreendedorismo e trabalho. Todavia, exortamos a todos a iniciarem um combate contra a teoria da conotação e do medo e a libertarem-se da prisão mental. Pois, sois cidadãos livres, pérolas e estrelas de todo povo angolano e não de um só Partido ou, um só Líder Político.

Contrariamente ao que querem impingir-nos, o exército de desempregados cresce diariamente. Pelas políticas de industrialização ou reendustrialização seguidas pelo executivo angolano, temos certeza que querem empregar a maioria da juventude numa só empresa cujo nome é "Maratonas e Festivais juvenis de Cervejas para embriagar, Alienar e Distrair a Juventude Angolana". Só assim que se justifica que a indústria cervejeira seja a Líder Nacional.

Atendendo os avultados valores gastos de forma injustificada na organização do CAN em Angola, na participação da selecção de futebol no CAN da África do Sul e os que vão ser gastos na organização do campeonato mundial de hóquei em Patins em Angola, não nos resta dúvidas de que o executivo angolano se fosse sensível e patriota daria a daria emprego à maioria da juventude e à cada jovem desempregado daria um subsídio de desemprego. A resolução do problema de desemprego passa, lamentavelmente, também pela saída do poder da actual elite governamental.

Estimados jovens integrados em movimentos sociais, jovens no geral.

A imposição do 14 de Abril, que é o dia da Juventude do JMPLA, como o dia de toda juventude angolana é inaceitável e inadmissível. Não está em causa a figura individual de Hoje-A-Yenda, que em vida não aceitaria ser simultaneamente Patrono da Juventude do MPLA e de todos jovens de Angola. A insistência em mantê-lo como símbolo máximo da JMPLA e de todos jovens angolanos começa a ser vista como uma estratégia de desgastar a imagem deste nacionalista, expondo-o a uma contestação permanente. Esta situação preocupa alguns familiares de Hoje-A-Yenda.

Se a JMPLA insistir nesta imposição, Hoje-a-yenda, que já não é aceite como patrono da juventude angolana, será também contestado, nos próximos anos, como patrono da juventude do MPLA. Para preservar a imagem deste nacionalista, apelamos ao Presidente da República, a remover a organização juvenil do MPLA.

Enquanto esta duplicidade durar, a JPA não vai comemorar o 14 de Abril como dia da juventude angolana, pois é anti - democrático, fere o princípio constitucional de igualdade de todos nacionalistas perante a lei, viola o espirito de reconciliação nacional e ameaça a estabilidade social. Todavia, aproveitamos o ensejo para felicitar a JMPLA pela sua data e aniversário do seu Patrono!

Entendemos ser fundamental, que a juventude religiosa, na sua missão de promover a paz e o espírito reconciliador a aconselhar a Direcção do MPLA e da JMPLA a abandonar a cultura de imposição e arrogância. Propomos também ao CNJ a criar uma comissão para analisar e propor uma data consensual para juventude angolana. Pois a ilusão de que o dia da juventude angolana é o 14 de Abril nunca vincará, numa Angola verdadeiramente democrática e reconciliada.

Outro sim, a permanente postura ditatorial e intolerante da actual liderança do País, não deixa margens para dúvida de que só teremos um processo de reconciliação nacional sério e inclusivo com alternância Política em Angola.

Caros congressistas, minhas senhoras meus senhores e estimados jovens;

O acima exposto faz com que, a maioria da juventude angolana hoje encare a CASA-CE e o seu presidente, Dr. Abel Chivukuvuku como a solução dos seus problemas. Esta juventude é maltratada pela polícia, perseguida, descriminada e excluída das instituições públicas pelas autoridades do Estado que deveriam ser politicamente apartidários. Outros jovens são raptados e, algumas, vezes, mortos.

Excelências, esta realidade estimula os sectores mais radicais da sociedade a defenderem a revolução como método para mudança política em Angola. Todavia, a Juventude Patriótica de Angola, inspirada pelos ideais da CASA-CE e do seu Presidente Abel Chivukuvuku, está a mobilizar a juventude angolana a adoptar uma acção histórica vigorosa, mas pacífica para a mudança pacífica e qualitativa em Angola.

Para nós, a mudança pacífica significa saída da actual liderança do País no poder, através de eleições livres e justas.

Estimados jovens, reagir com violência contra quem nos descrimina e maltrata manifesta uma fraqueza de espírito tão necessária para a construção da nação angolana. A JPA é pela resistência e luta juvenil pacífica.


Estimados jovens, temer e cultivar a cultura do medo perante quem nos maltrata é uma cobardia inaceitável e inadmissível, porque pois transforma-nos de cidadãos livres á escravo ou prisioneiro. Por isso, a JPA encoraja continuarem destemidos, acutilantes, vigorosos, mas pacíficos na luta pelo poder político. Pois, é um direito que assiste á todos angolanos e não apenas á alguns.


Jovens, de ambos géneros, uma questão que se têm colocado é a seguinte: como será o futuro muito próximo da democracia e estabilidade em Angola, na actual situação em que o Presidente dos Santos e o MPLA se perpetuam no poder, de forma infinita, a coberto de sucessivas e sistemáticas fraudes eleitorais?


Jovens, há um fenómeno social que condiciona a participação política da juventude e de suas vidas que não tem merecido a devida atenção dos movimentos e líderes juvenis. Trata-se da fraude eleitoral. Ela é a a principal responsável pela maioria absoluta na Assembleia Nacional em Angola e pela arrogância, repressão e exclusão social em Angola, desde 1992. Por isso, não temos outra alternativa que não seja implementar o movimento juvenil contra fraude eleitoral.

Devemos todos tomar iniciativas criativas com vista a mobilizar e enquadrar a juventude na Convergência Juvenil Nacional para a Defesa do Voto, quer nas urnas e nas ruas. Vamos todos defender a paz e da democracia e do bem-estar socioeconómico das actuais e futuras gerações, de forma vigorosa, destemida, acutilante, mas pacífica, pacífica e pacífica. O movimento juvenil nacional de defesa do voto vai inibir cultura da fraúde eleitoral em Angola.


Aos mais velhos de todas latitudes político partidárias, aos angolanos patriotas, aos amantes da democracia, da paz, da estabilidade social, do bem-estar sócio-económico; da transparência e justiça eleitoral apelámos, em nome de Jinga Mbandi, Nkimpa Vita, Mandume, Ekuikui, Nhiekatola, Holdem Roberto, Agostinho Neto e Jonas Savimbi, Mário Pinto de Andrade, Nito Alves, Deolinda Rodrigues, Hoje –ya – Henda, Samu mbuila, pedimos encarecidamente um apoio incondicional à esta iniciativa.


Só com este movimento nacional juvenil é possível realizar em Angola uma mudança pacifica e qualitativa. A mudança qualitativa em Angola é aquela que vai manter e até melhorar ainda mais o nível de vida daqueles que já vivem bem hoje, mas também e sobretudo melhorar bastante o nível de vida daqueles que vivem mal hoje.


A mudança pacífica e qualitativa é, portanto, aquela que não vai descriminar nem excluir os que descriminam e excluem hoje, para convencermos os quatro cantos do mundo de que em África é possível os dirigentes políticos transformarem a riqueza natural em riqueza para as suas crianças, jovens e população; para provarmos de que é possível convivência pacífica e irmanada, na alternância política.


Em cada etapa de uma nação, DEUS escolhe organizações e homens para ajudar o povo a atravessar o deserto. Jovens, congressistas, minhas e meus senhores, o líder da mudança pacífica e qualitativa em Angola chama-se Abel Chivukuvuku. Ele é um dos políticos mais queridos pela juventude angolana, e é a nossa aposta para governar Angola a partir de 2017.

Viva Angola; Viva CAS-CE, Viva o Presidente da CASA-CE, Dr. Abel Chivukuvuku

Que DEUS abençoe os presentes e todos angolanos

Muito obrigado pela paciência e tenção dispensada!

Luanda, aos 02 de Abril de 2013

SECRETARIAO DO EXECUTIVO NACIONAL DA JPA.

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Rafael Aguiar

(Sociólogo)