Kuando Kubango – A era dolorosa das demolições parece ter chegado à Menongue, a capital do Cuando Cubango, onde o reverendo Antunes Huambo, nas vestes de administrador municipal, anunciou nesta terça-feira, 2, o início daquilo que chamou "normalização da higienização da cidade".

Fonte: Club-k.net

Para o governante, "as pessoas vão ver os seus quintais a serem demolidos, as suas casas todas  a serem  demolidas e vão dizer que a administração municipal não avisou. Os cidadãos devem tomar conhecimento  jurídico e devemos saber que em qualquer sociedade existe organização", sentenciou.

Huambo disse ainda que as empresas vocacionadas à limpeza da urbe como a JNC e a Socoang "não são suficientemente capazes de cobrir toda a limpeza da nossa cidade e periferias", tendo exortado a população a complementar a sua actividade.

Para o habitante comum de Menongue resta esperar para ver que medidas tomará o chefe do executivo provincial, Higino Carneiro, que em muitas ocasiões mostrou solidariedade as populações do Kuando Kubango em geral e de Menongue em particular pela forma como transformam as antigas terras do fim do mundo em terras do progresso.

ÁGUA TERÁ MAIS QUALIDADE


Água potável será distribuída aos mais de 150 mil habitantes da cidade de Menongue dentro dos próximos dois anos. A garantia recente é do governador do Kuando Kubango no acto da consignação à Chino Hidro, uma construtora chinesa, da central de fornecimento de água.

Para o efeito, 46 milhões de dólares serão disponibilizados para a empreitada que vai atrair mão-de-obra local e dignificar a província, em franco desenvolvimento. “O projecto terá um prazo de execução de 24 meses e nós em termos de desenvolvimento perspectivamos atrair investimentos para a província e é óbvio que o governo tem de investir nas infra-estruturas para asseguramos que os investidores nacionais e estrangeiros tenham condições a sua volta”, disse o governante.

Sabe-se, entretanto, que no quadro do programa de combate à pobreza, passos significativos foram alcançados no Kuando Kubango, onde tudo começa das cinzas da guerra que o país viveu. Segundo o Rei, Muene Vunongue, “em 11 anos de paz, o Executivo de José Eduardo dos Santos fez mais do que os portugueses em 500 anos de presença colonial”.

Enquanto isso importa salientar que  10 médicos são necessários para atenderem a demanda no município do Kuchi a Oeste de Menongue  onde actualmente apenas existem dois médicos, sendo uma de nacionalidade cubana e outro coreana .

Segundo o administrador adjunto do Kuchi, João Muliata,  o objectivo é ter pelo menos um médico  nas comunas de Luasenhya, Kutatu , Vissati, Chinguanja, Malengue e Chiengo.