Luanda – Um cidadão que em vida respondia pelo nome de Ivan Viriato Lourenço Gaspar, mais conhecido por “Maninho”, de 22 anos, morreu na noite do dia 30 de Março do ano em curso, após ter sido baleado à queima-roupa – com dois tiros de balas incendiadas - na cabeça por um efectivo da polícia nacional de nome Luís José Miguel.

Fonte: Club-k.net


Segundo a família do malogrado, o caso deu-se por volta de 22 horas, na rua do Kitalelo, localizada no bairro Golf I/Correios, distrito de Kilamba Kiaxi, município de Belas, em Luanda. Mas antes do facto consumado, o jovem Maninho foi brutalmente espancado por cinco indivíduos, sendo dois dos quais efectivos da polícia nacional afecto à Divisão do distrito de Ingombotas, município de Luanda.

O irmão do malogrado diz que apercebeu do assassinato do seu irmão quando ouvi os tiros que vinha do local onde o mesmo fora, minutos antes, agredido pelos cinco indivíduos, dos quais quatro ainda se encontram foragido da justiça.

“Ele estava connosco na festa do pedido da nossa irmã e ausentou-se para comprar cigarros. Posto no local de venda, na rua do Kitalelo, ele disse a moça – de nome Vitó – que estava a vender que tinha 200 kwanzas e queria apenas um cigarro, uma vez que havia troco. A moça desconfiada começou logo a chamar-lhe de ladrão e espetou-lhe duas chapadas e dai os outros cinco agressores, que testemunharam a acção, começaram agredi-lo”, contou a fonte.

Após a agressão gratuita que tivera primeiramente sofrido, Maninho regressou no local onde decorria a festa para contar aos irmãos no sentido de se deslocarem no terreno para tirar satisfação, infelizmente não foi o que aconteceu. “Quando nos contou nós lhe dissemos para aguardar um pouco porque estávamos em festa e não era o momento apropriado para tal, mas infelizmente, teimoso como era, voltou lá sozinho no local e foi baleado à queima-roupa”, aclarou.   

Quando baleada, a vítima ainda foi socorrida e levada, pelos familiares, para o hospital geral de Luanda onde acabara por falecer poucos minutos depois devidos o agravamento dos ferimentos, como ilustra a imagem. “Foi horrível o que aconteceu, ninguém podia imaginar que por causa de uma simples discussão da rua, um polícia deve tirar a vida de um cidadão que tinha muito para dar a este país”, lamentou a tentar conter lágrimas.

Este portal informativo soube que Luís José Miguel – o homem espancou e posteriormente apertou por duas vezes o gatilho sem qualquer remorso – não se encontrava no exercício das suas funções, por um lado. E por outro, apresentava-se sinal de embriaguez. E a família do malogrado almeja ver responsabilizados todos indivíduos que participaram no assassinato. 

Após o sucedido, no dia seguinte, os familiares da vítima apresentaram a queixa na esquadra policial no projecto habitacional “Nova Vida”, onde mais tarde fora detido o “homem do gatilho” que confessara mais tarde.

“A polícia ouviu o indivíduo e encaminhou o caso à Direcção Provincial de Investigação Criminal de Luanda onde o mesmo encontra-se actualmente detido, sob o processo n.º 3813/013-DH”, revelou, lamentando o facto de a sua família não ser, até agora, chamado a fim de se pronunciar sobre o caso.