Luanda - A Comunidade de angolanos em França constituiu neste sábado, em Paris, uma Confederação das Associações (CAAF), para servir de ponte entre a comunidade angolana e o consulado geral nesta cidade, bem como a embaixada de Angola naquele país europeu.
 
Fonte: Angop

Segundo uma nota de imprensa da representação diplomática de Angola em França, chegada hoje, à Angop, a Confederação das Associações de Angolanos residentes em França (CAAF) elegeu também na ocasião os seus órgãos directivos.
 
Ao proferir as palavras de abertura da Assembleia constituinte, o embaixador de Angola em França, Miguel da Costa, considerou que as associações na diáspora servem de ponte para a criação de laços culturais e políticos, principalmente a manutenção da identidade cultural e a integração junto do país acolhedor.
 
Segundo o diplomata, esta confederação pode ser um trunfo poderoso para a política de cooperação descentralizada ao mesmo tempo que lembrou o quanto Angola necessita da sua diáspora para que, sobretudo os seus quadros, possam dar também o seu contributo para a reconstrução e participar no processo de desenvolvimento em curso no país.
 

Seguidamente, adianta a nota, o cônsul-geral de Angola em Paris, Manuel António “Soviético”, que conduziu o encontro, manifestou a intenção de estar cada vez mais próximo dos reais problemas e dificuldades dos membros da comunidade de angolanos radicados em França.

 
“Nós estamos aqui para servir e, por isso, queremos atender mais a parte humana e social. Queremos estar ao corrente de tudo o que se passa e prestar o nosso apoio, naquilo que for possível, por exemplo, aos presos, doentes e outros carenciados, sendo informados oportunamente pela própria comunidade e não pelas autoridades francesas como sucede algumas vezes”, afirmou.

 
Entre oito candidatos provenientes de diferentes associações departamentais (províncias) de França, foi eleito presidente da confederação das associações o cidadão Simão Bokolo que se comprometeu em defender os interesses da comunidade angolana.

 
Este encontro marca as celebrações do 4 de Abril e nele foram eleitos também a activista da OMA em França, Luísa Vicente como vice- presidente, a estudante Ilda Pires Ferreira para o lugar de Secretária geral bem como o empresário Álvaro João (Titi Luvualu) como tesoureiro, todos para um mandato de dois anos, renováveis ou não.
 

Na ocasião, o cônsul-geral em Paris informou os presentes sobre a orientação emanada da reunião dos Cônsules ocorrida recentemente em Luanda no sentido de se fazer um levantamento dos cidadãos nacionais que se encontram no exterior em situação irregular.

 
Para este efeito, segundo disse, “o Presidente da República criou uma comissão liderada pelo Secretário de Estado das Relações Exteriores e que integra representantes dos ministérios do Interior, Defesa e Reinserção Social para no prazo de 90 dias trabalhar nesta matéria”, informou.
 

Actualmente, o Consulado Geral em Paris controla cerca de 11 mil cidadãos, mas há uma estimativa de que a comunidade de angolanos seja relativamente superior rondando os 18 mil.