Luanda - Informação veiculada pelo Club-K, dava conta que haviam lobbys para que Eduardo dos Santos pudesse falar para o canal de televisão SIC.


Fonte: Club-k.net

Não tardou, a SIC no seu site oficial anuncia que foi feita uma entrevista que tem quinta-feira (6) como data para sua divulgação. Tal informação sobre a possível entrevista, rapidamente assumiu protagonismo no Facebook e noutras redes sociais.


Ao ler tais comentários foi possível tomar contacto com ideias bastante interessantes. Alguns entendem que esta sacada de Eduardo dos Santos envergonha mais uma vez os seus súbditos que permanentemente criticam a SIC e outros mídias portugueses pelo facto de veicularem informações referentes à Angola. Tais críticos do estômago, classificam a SIC como sendo parte do eixo do mal contra Angola. O grupo de conspiracionistas contra a melhor nação jamais vista na história humana.


Alguns desvalorizam o facto da entrevista não ser em directo. Faz todo sentido esta desvalorização. Ora, se para a realização da entrevista foi necessário lobbys, não podemos retirar a hipótese que tais lobbys também devem ter feito pressão para realizar cortes cirúrgicos àquelas logorreias típicas do PR, em que revela a sua grande fragilidade cognitiva.


Apesar de tudo que foi dito nas ideias acima expressas, o tópico central que gostaria transmitir é: os angolanos estão a comentar o quê? Porque jornalistas solicitam entrevistas para que comentadores falem sobre algo que não ouviram e nem viram? Será que este país é de acéfalos?


O facto dos angolanos comentarem, não o conteúdo da entrevista, que talvez não existe, mas o facto de Eduardo dos Santos ter concedido uma entrevista, sobre a qual recuso-me à acreditar enquanto não a vi, nem ouvi, revela bem o grau de atraso civilizacional de Angola, dos angolanos e a mentalidade manipulável de milhões de pessoas, entre elas, muitas que acreditam ser intelectuais. Que pena! Não há dúvidas que tais mentes medíocres foram forjadas pelo poder hegemónico, por isso, talvez esta massa humana não tem responsabilidade directa sobre estas insuficiências brutais. 


Certamente que possível interlocutor dirá: É inédito, porque passaram 22 anos que ele não se pronuncia nestes moldes, conforme dados avançados pela SIC. Mesmo assim, não justifica comentário sobre o “nada”. Do nada, não nasce nada. Reage-se a partir de algumas palavras proferidas (escrita, oral, etc), por isso, se a entrevista existe, então aguardem-na e posteriormente comentem as ideias ocas, gastas e vazias de conteúdo de JES. Porque tanta expectativa? Eu não espero nada, senão autodefesa e elogios a si mesmo e à todos seus próximos.

  
Não posso deixar de colocar a seguinte questão: porque JES nem sequer concede uma entrevista deste estilo (caso esta suposta existir mesmo!) aos jornalistas da TPA, RNA, JÁ, ANGOP? Refiro-me à estes porque eles consideram-se todos filhos do PR, sem o qual todos evaporariam da realidade existencial.


Outra questão não menos importante é: Será que este desprezo para com tais idiotas os leva pelo menos à reflectir? Certamente não se questionarão por duas razões: primeiro, porque tais propagandistas não têm noção da dignidade humana nem pessoal e em segundo, são medíocres no plano técnico-profissional e intelectual.


Para terminar, gostaria dizer-vos o seguinte, caros interlocutores: só um povo atrasado comenta uma entrevista inexistente ou o facto de supor que existe. Debruçar-se sobre o “nada” é sinal do cérebro de “cabra” que os angolanos possuem! A metáfora do cabrito tem à ver com o facto da cabra em determinados períodos ruminar todo capim que ingeriu. O grau de vulnerabilidade de ideias e rumo deste país é tão grande, que qualquer sombra de pensamento ou facto lançado ao ar, as pessoas repetem, ou seja, ruminam para saciar o cérebro.


Usem a racionalidade…!!!