Luanda – Quando estamos entre nós e a sós, conseguimos distinguir perfeitamente a mentira da verdade, a ilusão da decepção, a obsessão da idéia fixa, o rancor da aceitação, a arrogância da modéstia, o exibicionismo do acanhamento, etc. Mas, se quebrarmos essa forma de diálogo, só Deus sabe o que vem depois!...
Fonte: Club-k.net
Chegamos a um ponto em que temos de desmarcar franca e abertamente o conceito de abuso de autoridade vs. dever moral de obediência ao direito dentro da nossa sociedade.
Se a lei moral natural fôr uma palavra ocá na nossa sociedade, o relacionamento humano não tem uma inteiração construtiva, funcional e sadia entres os seres humanos. Equivale a dizer que somos uma sociedade deficitária de princípios éticos e morais.
E esse comportamento tem repercussão na forma como gerimos o nosso dinheiro, riqueza e bens materiais,etc.... tal como nas nossas relações com a comunidade internacional.
Cada geração enfrenta diferentes desafios consoante as vicissitudes e circunstâncias da sociedade em que está inserida. E se os testemunhos dos usos e costumes dessa sociedade não forem transferidos adequadamente de uma geração à outra, a revolução cultural é inevitável!
Por exemplo, o que se aceitava a 15 ou 10 anos atrás, hoje é completamente incrível, inaceitável e inadmissível. É preciso que a "velha guarda" tenha noção e respeite isso! Porque se nos quiserem deixar uma sociedade agradável e habitável devem aceitar a alternância de poder por meios pacíficos.
Insistir num sistema político-económico débil, que tem ceifado milhares e milhares de vidas inocentes há mais 37 anos, é cruel e desumano! E fazer os cidadãos comuns de bode expiatório do fracasso desse sistema – é tanta covardia e arrogância junta!
Na qualidade de únicos e legítimos proprietários de Angola, temos o pleno direito de estarmos informados acerca dos assuntos respeitantes à condução da política interna e externa do País.
Assim, processo de intimidação e coerção movida pela Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC) contra Lucas Pedro e José Gama só vem agravar ainda mais as relações entre o Governo Angolano e a imprensa nacional privada.
Fixar-se numa guerra aberta descabida contra a imprensa nacional privada vai , de certo modo, afectar a imagem do governo no País e a nível internacional, principalmente num momento em que Angola não é bem vista nos assuntos de direitos humanos.
O Governo Angolano deve pensar seriamente nas repercussões que podem advir desse processo de intimidação e coerção conduzido pela DNIC contra Lucas Pedro e José Gama.