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Sua Excelência 

Sr. Secretário Geral do MPLA

Exmo Senhor, os mais respeitosos cumprimentos.

Enquanto Sua Excelência o Sr. Presidente da República, para o crescimento, desenvolvimento e afirmação da República de Angola, defende a inclusão social de todos os Angolanos e Sua Excelência o Sr. Vice Presidente da República defende o mérito, o Ministro dos Transportes Dr. Augusto da Silva Tomás pratica a exclusão e o afastamento dos quadros do sector para colocar seus familiares e amigos.

Entre outros, foi assim a uns anos atras com o Eng. Filomeno Mendonça que deixou o seu cargo na Direcção Nacional da Marinha Mercante e Portos para o irmão do Ministro dos Transportes – o Sr. Victor de Carvalho, que em cerca de 5 a 6 anos a frente daquela Direcção ou Instituto, hoje esbanja ou ostenta riqueza, só possível de quem ganhou na Lotaria ou herdou fortuna dos seus pais.
O Eng. Filomeno Mendonça na altura despachado para PCA da Secíl Marítima, acabou exonerado, sem trabalho e sem salário e, hoje emigrante em Portugal onde se encontra a estudar por conta própria, porque a Refundação da Secíl Marítima é qualquer coisa que só existe na cabeça e conhecimento do Sr. Ministro Augusto Tomás, que nomea as pessoas, mas não dá os apoios financeiros e institucionais necessarios.

Está a ser assim com o Dr. Manuel Faria que deixou o seu cargo de Administrador na ENANA para ser PCA da Secíl Marítima porque a presença do mesmo na ENANA era eventualmente factor impeditivo para o Ministro Augusto Tomás fazer os seus negócios, de seus familiares e amigos, como são entre outros os Parques de Estacionamentos no Aeroporto 4 e 5 de Fevereiro qualquer um deles em Luanda.

Onde param os Senhores Silvio Vinhas, Eduardo Veloso, Bento da Paixão, Feliciano Pedrosa, Jesus da Transnorte, Carvalho da TCUL entre muitos que deram toda a sua juventude e Inteligências para o Ministério dos Transportes e serviços deste país nos momentos mais difícieis? Vimos nos Conselhos de Administração membro Executivos e não Executivos, agora em fim de mandato, pessoas que não tendo ligação no passado ao Ministério dos Transportes, alguns são familiares e amigos do Ministro Augusto Tomás.

O Deputado Makuta Nkondo disse na sua peça publicada no Club-K, que neste país, quem é membro de um Partido que perde as eleições é meio caminho para o desemprego. Pós eu digo Sr. Deputado, os senhores acima referidos são militantes do MPLA com uma folha de trabalho relevante para a pátria e já se encontram no desemprego mandados para lá pelo Ministro dos Transportes Augusto Tomás.

 

Rumores postos a circular pelo circulo proximo do Ministro Augusto Tomás, em Angola e em Portugal, dão conta que o mesmo propôs a não recondução dos Conselhos de Administração, a maior parte não por falta de mérito e consequentemente trabalho realizado na satisfação das necessidades das populações que deram o MPLA o direito de Governar até 2017, mas porque o mesmo precisa deste lugares para colocar familiares e amigos e porque alguns destes senhores não falam a língua que o Ministro gosta ouvir.

Conselhos de Administração como o da TAAG, do Porto de Luanda, dos Caminhos de Ferro de Luanda, dos Caminhos de Ferro do Namibe, dos Caminhos de Ferro de Benguela, do Porto do Namibe e da TCUL entre outros estão na corda bamba porque o Ministro precisa destes lugares para satisfazer os seus negócios e interesses pessoais.

Para a TAAG (agora em processo de parceria com uma empresa de aviação estrangeira) comenta-se a ida do Dr. Abel Cosme actual Director Geral da UNICARGAS, pessoa que tem negócios com os filhos e familiares do Ministro Augusto Tomás, como são a AFRITAXIS e a UNICARGAS Cabinda, de quem é Director o irmão do Ministro o Sr. Joni (Inocêncio Tomás).

Para o Porto de Luanda, comenta-se a ida do Sr. Nazaré Neto que mesmo tendo desempenho sofrível no Porto de Cabinda, sairá promovido de uma empresa de média dimensão para uma empresa estratégica, porque manteve os negócios (CABSHIP) no Porto de Cabinda do pai do Ministro dos Transportes Augusto Tomás.

Esperava-se que a renovação de mandatos ou não, fosse objecto de um processo sério de Avaliação de Desempenho conduzido pelo Ministério da Economia, mas o Ministro dos Transportes desdobra-se em contactos junto do poder em Angola para que assim não seja, debitando em desfavor de todos uma imagem negativa como a que passa sobre o PCA do Porto de Luanda, a quem considera de bêbado e doente.

Assinado