Luanda – No dia 5 de Julho publicámos aqui uma notícia que dava conta da intimação feita por via telefónica ao mano Mbanza para se apresentar na PGR, por parte de alguém que se terá apresentado como Pedro de Carvalho.

Fonte: Centralangola7311.

De início tentou marcar-se a data para uma quinta, mas por impecílios de agenda dos Adolfo Campos e Makitá Kuvula, o procurador acedeu em remarcar para terça-feira seguinte, 9 de Julho pelas 9h00 da manhã.

Depois de passar o fim-de-semana a reunir as provas que fomos amontoando contra o Bento Bento, a preparar um documento no qual nos prestámos ao papel de fazer o trabalho dos investigadores dando-lhes a papinha na boca, o telefone toca às 17h00 de segunda-feira, dia 8h00, na véspera do encontro:

- Alô? Como está? Daqui Pedro de Carvalho da PGR. Era só para lhe comunicar que devido a reunião de Procuradores da CPLP que como sabe está a ter lugar aqui em Luanda, não nos será possível realizar a nossa audiência amanhã conforme combinado. Remarcamos para a próxima terça?

Tudo bem. Depois daquela conversa toda de “organizar agenda” e de terem sido eles a sugerir as datas, parece que se esqueceram de verificar a agenda ou esqueceram-se de anotar nela provavelmente o evento mais importante do semestre, convocando-nos descuidadamente (terá sido?) para o mesmo dia da tal de reunião. Mas, sem problemas, também nos dava mais tempo para melhorar a apresentação do nosso dossier e de dominar melhor a cronologia das ocorrências. Ficou assim a audiência marcada para terça-feira, dia 16 de Julho (hoje).

Hoje o senhor quis repetir a façanha, só que desta vez não ligou para o Mbanza, mas para o Adolfo, bastante mais temperamental, não teve muita paciência para as falinhas mansas do “procurador” e assim que este balbuciou: “vamos ter de adiar…” foi interrompido com um “de nooooovvvvooo??? Mas vocês não têm respeito nenhum pelas pessoas, pensam que é só assim, marca, desmarca, que todos têm disponibilidade nas suas vidas para se ajustarem aos vossos desejos?”.

O Carvalho meteu-se naquela palavra que rima com o nome dele rematando apenas: “você é muito stressado, o seu colega pelo menos é mais cordato. Quando é assim, o melhor será fornecerem os vossos endereços para vos notificarmos por escrito”.
E desligou. Seriam por volta das 15h00.

Tendo o contacto do “cordato” Mbanza Hamza, porque não terá de seguida tentado encetar contacto com este último? Isso mesmo é instituição que se preze? Não há vergonha, não há decoro?

A “audiência” fica assim adiada sine diem porque o Adolfo meteu o Sr. mui abusado procurador em sentido dizendo-lhe o que ele precisava de ouvir.
Isto mesmo é país?