Luanda – A empresa petrolífera norte-americana Chevron vai ser multada devido ao incidente ocorrido no passado dia 01, ao largo de Angola, com o colapso e consequente afundamento de equipamento de perfuração, que provocou um morto.

Fonte: Angop

O Comité Técnico Executivo do Plano Nacional de Contingências contra Derrames de Petróleo no Mar decidiu multar a petrolífera, após análise do relatório do incidente na plataforma do bloco 2, ocorrido no passado dia 1 de Julho, na província do Zaire.
 
Em declarações à imprensa, nesta quarta-feira, 31, após uma reunião de análise do relatório do grupo de técnicos, que se deslocou ao Soyo para o efeito, o secretário executivo do referido comité, Júlio Inglês, deu a conhecer que a Chevron será notificada e multada para de imediato dar início a negociações com a referida empresa sobre as infracções e a remoção do equipamento afundado.
 
A fonte fez saber que depois das acções acima impostas à Chevron "vai ser concretizado um plano de visitas de auscultação e auditoria às plataformas de petróleo e gás que operam no país, para avaliar os mecanismos de controlo, prevenção e monitorização ambiental".
 
Nesta senda, o Comité Técnico aprovou o plano de formação de inspectores para as áreas afectas ao Plano de Contingência Contra Derrames, visando o reforço da capacidade institucional, para intervenção no quadro de riscos e danos ambientais da especialidade.
 
O acidente ocorreu quando a plataforma "Perro Negro 6" - propriedade da italiana SAIPEM, mas ao serviço da Chevron -, se afundou, depois de o solo marítimo sob um dos três apoios ter cedido durante uma operação de posicionamento da estrutura.

No momento do incidente encontravam-se 103 trabalhadores a bordo, seis dos quais ficaram feridos e um, de nacionalidade búlgara, foi dado como desaparecido.

O equipamento que se encontra afundado foi construído em 2009, na Indonésia, e estava alugado à Chevron até 2015, para prospeção no município do Soyo, província do Zaire, norte do país. O incidente ocorreu perto da foz do rio Congo, entre as costas de Angola e da República Democrática do Congo.

Integram o Comité Técnico Executivo para Derrames os ministérios do Ambiente (coordenador), Petróleos, Finanças, Defesa Nacional, Interior, Serviço de Protecção Civil e Bombeiros e de Energia e Águas.