Luanda - Caro internauta, imagina durante aproximadamente dois anos estar alimentar – se somente de Raízes, interioriza esta condição só por um instante.

Fonte: ponto-final.net

À partida há quem poderá pensar que a suposição terá a ver com a Pré – História como sabemos nesta época os homens primitivos alimentavam – se a base de raízes e frutos silvestre. Ora, este é o cenário que ainda se vive em pleno século XIX nesta Angola, ou melhor no país de José Eduardo dos Santos como julga (?…).

Quem vá à Huíla, Kuando Kubango, Cunene ou Namibe há de constatar como milhares de pessoas afectadas pela seca continuam sem ter o que comer; velhos, mulheres e crianças fragilizadas lutam pela sobrevivência comendo raízes e bebem água turva, imprópria para consumo humano. Chocante, mas essa é a pura realidade que se vive no Sul de Angola.

As Autoridades Religiosas e ONG’s praticamente sem meios para assistir os necessitados clamam por ajuda e maior intervênção do governo. Se tivessêmos num país sério e com um lider sensível ao sofrimento humano nesta altura os afectados carentes teriam sentido a solidariedade de José Eduardo dos Santos, mas, no entanto, temos um presidente indiferente que não manifesta interesse algum, esconde – se no seu “habitat” quando o ideal seria deslocar – se mais ao sul para constatar “ in louco “ o drama humano causado pela seca a milhares de angolanos, mas contrariamente a isso temos um presidente averso ás questões humanas.

José Eduardo dos Santos tem maior disponibilidade para assistir uma partida de velha aguarda aos ponta-pés em detrimento de, deslocar – se, por exemplo aos Gambos onde familias inteiras estão desnutridas por falta de assistência alimentar.

De nada adianta os discursos-propaganda de Pedro Canga, ministro da agricultura na FAO, apontando que Angola está vencer a luta contra a fome quando na realidade existem milhares de pessoas morrendo por falta de comida.

De nada serve o Plano de Contigência e a publicidade que se faz quando não há real empenho do executivo de Eduardo dos Santos na assistência contínua ás populações. Custa compreender que há maior facilidade de disponibilizar milhões e milhões de dólares para organizar futilidades passeativas de apoio ao insignificante e não há recursos para imediatamente minimizar a carência alimentar de quem sofre com a estiagem.

Como pode haver dinheiro para actos enjoativos e para quem precisa de comida lhe é negada assistência imediata sabendo que vidas humanas estão em risco. Basta conversar com sacerdotes, pastores ou pessoal das organizações humanitárias que trabalham com ás comunidades para compreender o porque que se chegou até esse estágio.

Aduzem que os efeitos da seca teria menor impacto na vida das populações caso existisse vontade do governo quando em meados 2010 começaram os gritos de ajuda exigindo a pronta intervênção das autoridades governamentais. Enfim! Mais uma vez fica notório a incapacidade deste governo que não consegue encontrar uma solução para resolver a crise por falta de lideranca e estratégia, intervêm desastrosamente com consequência nefastas por adoptar sempre políticas feita a base do improviso, vazias cujo resultado todos nós assistimos, desnutrição e morte.