Luanda – O seu uso é bastante criticado, mas rapidamente invadiu o mercado da moda em Angola. Destemidamente diversas jovens usam-no até mesmo em lugares e ambientes mais clássicos. O Collant Xuxuado é uma indumentária feminina que não passa despercebida. A vestimenta ajusta-se ao corpo de quem a usa e em geral é usada sem roupa interior, o que deixa completamente marcado os órgãos genitais femininos.

Fonte: Voa
A indumentária usada maioritariamente por adolescentes e jovens já se tornou moda em Luanda. Nos últimos meses passou a ser comum a organização de eventos festivos a propósito das roupas escandalosas.

Em algumas ruas e avenidas anúncios publicitários sobre festas como a do “Tchuna Baby” e mais recentemente a do “collant xuxuado” são muito comuns e as festas são muito concorridas.

Para a estudante universitária Arminda Kakulo o desrespeito aos modelos comportamentais configura falta de educação. Para ela o uso de “collant xuxuado” ou dos calções “Tchuna Baby” representa um choque à cultura angolana.

Para quem usa o “collant xuxuado” e os calções “Tchuna Baby” a satisfação consiste no elogio que recebe dos jovens e no despertar da atenção de quem a vê. O educador social João Baptista diz que o uso deste tipo de vestimenta representa uma degradação moral e um atentado ao pudor que já devia merecer a intervenção dos Ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos, do Interior e como se não bastasse da Educação.

As vestimentas que expõem as partes íntimas do corpo colocam a integridade das mulheres em risco sendo um convite para prática de crimes contra elas mesmas.

Para o especialista em Educação Moral e Cívica, Osvaldo Politano, o uso do “tchuna baby” e do “collant xuxuado” fere a moral pública. O académico afirma por outro lado que se trata de um problema conjuntural, que vai desde a degradação dos valores morais no seio familiar aos órgãos de comunicação social estatais onde são promovidos eventos festivos que incentivam o uso deste tipo de vestimenta.

Alguns afirmam que seguir a  moda em si mesma nada tem de mal, antes pelo contrário configura um estimulo á criatividade nas diversas formas de usar e de confeccionar um vestuário que em muitos casos expressa a auto-estima.

Para o padre Eugénio Lumingo o problema surge quando em nome da moda as pessoas se expõem ao escandaloso. Para o sacerdote os meios de comunicação devem estar ao serviço da educação da sociedade, não apenas para o entretenimento.

O Jurista Mbote André diz que esta forma de se vestir não configura um crime de ultraje público, mas pode influenciar o cometimento de um crime. O mesmo pensa, por outro lado, que a igreja tem um papel fundamental a desempenhar a propósito do uso de vestimentas escandalosas.