Um comunicado do Consulado de Angola enviado à Agência Lusa adianta que a comemoração decorreu com "a total normalidade dentro do recinto", mas que se "verificaram fora do mesmo desacatos diversos dos quais resultaram danos materiais e, mais relevantes ainda, danos colaterais que afectaram a imagem de Angola".

Isto - acrescenta a nota - "num dia que deveria ter servido para cimentar a credibilidade que o povo e os dirigentes angolanos, em geral, e os residentes Angolanos em Portugal, em particular, procuram cultivar".

Na base dos problemas esteve o facto de terem sido emitidos e vendidos "bilhetes falsos que, sem a grande maioria dos seus adquirentes saber, causaram constrangimentos diversos à organização e a todos quantos legitimamente marcaram presença na comemoração do 33/0 aniversário da independência de Angola, explica o consulado.

Segundo noticiou hoje a cadeia de televisão SIC, dezenas de pessoas protestaram porque foram impedidas de entrar no recinto, junto ao Parque das Nações, levando à intervenção da PSP.

O Consulado de Angola esclarece que, dada a evolução dos acontecimentos, a organização do evento "solicitou a intervenção policial para repor a ordem pública" e "embora alheio às razões que provocaram os desacatos, apresenta as mais sinceras desculpas ao todos quantos se sentiram lesados pelo sucedido.

Agradece também "a pronta intervenção policial que, com toda a correcção, repôs a ordem pública".

Segundo os cálculos da organização, a iniciativa de 2008 de comemoração do Dia Nacional de Angola indicava que o evento acolheria de 2.000 a 2.500 pessoas, sendo que "além de alguns, poucos, convites oficiais, o acesso às comemorações fazia-se pela aquisição de bilhetes ao preço simbólico de cinco euros", nada fazendo prever o sucedido.

*FC
Fonte: Lusa