Lisboa - O Serviço de Inteligência e Segurança Militar de Angola (SISM) introduziu, nos últimos tempos, nas unidades militares um avantajado sistema de coleta de informação a cerca do descontentamento e reclamações dos soldados no exercito.

Fonte: Club-k.net

Diferente ao tradicional método de espionagem, o novo modelo permite que o próprio soldado emite as suas reclamações de forma anónima num “caderno de reclamações”.

O método foi introduzido por peritos dos Serviços de Segurança e Defesa da África do Sul no quadro de uma cooperação militar existente a já  dois anos.

 O SISM é actualmente chefiado pelo general António José Maria (na foto). No passado, ao tempo do Presidente Agostinho Neto designava-se por Contra Inteligência Militar (CIM) e limitava-se a funcionar em unidades militares (evitar infiltrações), e em cadeias (São Paulo).

Uma das suas principais bases em Luanda era a unidade do grafanil, nos arredores de Viana que tinha a importância de ser uma unidade de logística e de arsenal. Em muitas das vezes, os seus operativos eram elementos com missão “in loco” fora do conhecimento do chefe da unidade.

Naquela altura, o CIM já estava apto a missões ocasionais. Em casos de chegadas de delegações estrangeiras, controlavam o aeroporto recorrendo a técnicas de retardar possíveis ataques, por parte de elementos que já eram considerados suspeitos nos seus arquivos.

Foram os Cubanos que em 1976 ministraram os primeiros cursos a elementos da CIM. Em Maio de 1977, a segurança ficou dividida e muitos elementos da CIM foram detidos pela DISA. Em causa estava um insurreição popular que acabou por expor a DISA como um serviço inapto aos básicos tradicionais da inteligência.