ESCLARECIMENTO PÚBLICO

Luanda - Tomei conhecimento por intermédio de amigos no Brasil, imprensa e redes sociais, de que, sou alvo de investigações da Polícia Federal de São Paulo, sob alegada rede de tráfico internacional de mulheres para Angola.

Fonte: Club-k.net

Por consciência e penitência da irreflectida acção envolvente venho à público esclarecer os seguintes factos:

Sou João Fernandes, 35 anos, angolano, residente na Maianga, Luanda, e empresário do ramo hoteleiro e turismo.

Em meados de 2007, uma amiga brasileira residente em São Paulo, que já havia visitado o país, em conversa com a mesma manifestou interesse de voltar visitar Angola acompanhada de um grupo de amigas.

Solicitou me a possibilidade de desencadear o processo de obtenção de vistos junto as autoridades migratórias nacionais; anui seu processamento e obtive visto de turistas de 15 dias para as sete brasileiras.

A pedido da minha amiga brasileira conduzí-las para alguns pontos turísticos de Luanda e Kwanza Sul. A determinado momento solicitaram interesse de conhecer a “noite luandense”, optei naquela mesma noite por duas diferentes discotecas; uma à Ilha e outra no centro da Maianga. No calor da noite e como era um aparente “guia” apercebi-me do exacerbado a vontade de todas minhas acompanhantes brasileiras com meia dúzia de jovens que se encontravam no interior da discoteca.

À priori perguntaram se era seguro sair com seus novos amigos, diante a insistência, sugeri, fosse melhor prolongar suas amizades no hotel onde estavam hospedados, ao invés, de deslocarem para outros lugares das quais não tinha garantia ser seguro como também desconhecia seus novos amigos.

No dia seguinte, confessaram-me que naquela noite haviam feito parafraseando-as “grana preta" foi então que apercebi o que terá resultado do encontro que mantiveram com os jovens.

Quatro dias depois voltaram a pedir-me que fossemos novamente a discoteca, era enorme a avalanche de jovens presentes na discoteca disponíveis à fala com brasileiras. Ante a timidez inicialmente das mesmas assim como dos pretendentes pouco a pouco passaram contactar o seu acompanhante, no meu caso (João Fernandes) e sem aperceber num instante passei ser o elo de ligação entre jovens angolanos interessados nos serviços das brasileiras.

Por causa da validade dos visto de turistas regressaram ao Brasil, mas com a promessa de regressarem. Um mês depois outras jovens amigas das anteriores e, por recomendação, das que já havia estado no país permaneceram em Luanda durante sete dias.

Daí foi se desenvolvendo com múltiplas entrada de brasileiras ao longo dos últimos meses.

Mas em nenhum momento enquanto cá estiveram foram forçadas prostituirem-se, faziam-no, por livre vontade e deslocavam-se ao país por próprios meios. Contrariamente ao que a Polícia Federal do Brasil divulgou as brasileiras solicitavam de seus companheiros circunstâncias entre 300, 500 à 1000 dólares.

Tive o cuidado e a responsabilidade de velar pela permanência das jovens brasileiras, refuto categoricamente às afirmações pois em circunstância eram mantidas sob sequestro e obrigadas a manter relações sexuais sem preservativo, conforme vem sendo propagado.

Maior parte dos clientes que as brasileiras tiveram em Luanda, eram jovens que trabalham em sondas petrolíferas no sistema rotativo de 21 ou 28 dias e que se encontravam de folga.

Reconheço, meu acto suscita especulações de toda índole. Desde já manifesto disponibilidade para todo tipo de esclarecimento às autoridades brasileiras quer angolanas assim como a comunicação social.

Outrossim, aproveito a ocasião para pedir desculpas à todos quantos tem sentido prejudicados pelos contornos deste caso e no geral à todo povo angolano.

Sem outro assunto de momento,

João Fernandes

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