À Digníssima Procuradora Geral da República

Procuradoria Geral da República

Rua da Escola Politécnica

Lisboa

Adriano Alfredo Teixeira Parreira, filho de Adriano da Costa Parreira e de Flávia Rosa Teixeira Parreira, nascido a 16 de Abril de 1952, em Angola, de nacionalidades portuguesa e angolana, portador do BI português n.o 04961156, emitido em Lisboa, morador da Rua Professor Queirós Veloso, 232, 1600-658, Lisboa, telefone 217579276, telemóvel 968913287, e-mail Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.,

vem muito respeitosamente solicitar a V. Excelência se digne mandar averiguar a veracidade da notícia que anexo, “PORTUGAÇL APANHA AVIÃO DE GENERAL ANGOLANO A CARREGAR PROSTITUTAS”, fonte: Clube-K.net, de 25 de outubro de 2013, o que, a ser verdade, denuncia uma situação intolerável, ou seja, das Autoridades portuguesas pactuarem com o crime, assim como a subordinação da Justiça e da Lei aos interesses políticos de circunstância, em claro contraste com o recente caso, semelhante e igualmente referido Código Penal de Portugal, da actuação da Polícia e do Ministério Público brasileiros, que emitiram mandatos de captura contra os cidadãos angolanos General, político, empresário e alto dirigente do MPLA, BENTO DOS SANTOS “KANGAMBA” e o empresário e membro do MPLA FERNANDO VASCO INÁCIO REPUBLICANO, acusados de “formação de quadrilha, favorecimento de prostituição, tráfico internacional de pessoas para fim de exploração sexual, cárcere provado, e formação de quadrilha, tráfico internacional de pessaos para fins de exploração sexual, favorecimento de prostituição, rufianismo, cárcere privado, ambos considerados chefes da quadrilha.”

A ser verdade, é inadmissível que crime tão abjecto tenha sido e continue a ser “abafado” com total impunidade dos que o cometeram e inteira cumplicidade das Autoridades portuguesas, o que, no mínimo, é pactuar e ser co-autor de um crime da parte de quem nunca o poderá fazer, as Autoridades de Portugal. Muito solicito a V. Excelência se digne mandar instaurar um inquérito criminal para apurar a quem pertencia o título de proprieadade da aeronave e sua identificação, assim como, quando, em que circunstâncias, porque razão e quem é, segundo a publicação, o responsável por ter “abafa[do] o caso para evitar um escândalo político”, uma vez que, alegadamente, o abominável crime, de carácter transnacional e transcontinental, foi tolerado em Portugal, onde, a confirmar-se a notícia, se consumou.

Pede deferimento!

Lisboa, 26 de Outubro de 2013. 
Adriano Parreira