Lisboa – O músico angolano Paulo George Marques João, ou melhor, Paul G, como é artisticamente conhecido pelo público, poderá ser, a qualquer momento, julgado (no Tribunal Provincial de Luanda) e condenado a uma pena mínima de 12 anos de prisão efectiva, por crime de homicídio involuntário.

Fonte: Club-k.net

O ex-membro do primeiro grupo de rap “SSP” provocou à morte de cinco pessoas (o motorista e mais quatro ocupantes) num acidente de viação ocorrido a 18 de Outubro do corrente, por volta das 05H30, junto ao centro de produção da Televisão Pública de Angola (TPA), na Camama, em Luanda.

Paul G é apontado – pelos peritos da Polícia Nacional – como o principal responsável do infausto acidente rodoviário, quando o seu carro se despistou e embateu numa outra viatura, de marca Toyota Corrola (que fazia o serviço de táxi) onde se encontrava às vítimas. A viatura do músico acabou por se incendiar no local.

O músico que saiu quase ileso (sofreu apenas ferimentos num dos braços e numa perna) da ocorrência, foi levado na altura para um hospital, responde o processo em liberdade, pelo facto de ter se apresentado às autoridades logo após o sucedido.

O caso que se encontra neste exacto momento, em segredo dos deuses, junto a Direcção Provincial de Investigação Criminal (DPIC), de Luanda, poderá dentro de breve conhecer seu término, apesar do músico – segundo uma fonte local – estar a criar mecanismos para o seu abafamento. Paul G pretende arrastar o processo para o próximo ano e os familiares das vítimas temem que o mesmo consiga ludibriar os investigadores da DPIC.

Sabe-se que os peritos da Polícia Nacional estiveram no local do acidente por duas vezes (a última vez foi na semana passada) e concluíram que Paul G é, sem dúvidas, o responsável pelo acidente que vitimou as cinco pessoas. Quarto deles morreram no local e outro a caminho do hospital.

O condutor se chamava Luís Chivolvo e que as outras duas pessoas eram Bruno Fernandes Morais, 28 anos e Calisto Brás, de 42 anos. A polícia tem dificuldades de identificar outras duas vítimas mortais por falta de documentação.

Paulo Alves