Luanda - O Partido de Renovação Social (PRS) anunciou hoje que está solidário com a manifestação "contra a repressão" convocada para sábado pela UNITA, a maior força política da oposição em Angola, apelando aos seus manifestantes a participarem.

Fonte: Lusa

Em conferência de imprensa, o secretário Nacional para a Economia e Finanças do PRS, Sapalo António, disse que a manifestação convocada pela UNITA, que tem como objetivo "protestar contra a repressão", não foi concertada com aquele partido.


"O PRS não vai aparecer oficialmente porque não foi consultado (...), mas atendendo o valor da manifestação e porque está consagrada constitucionalmente, e a natureza pela qual a UNITA convoca esta manifestação, o militante do PRS, sendo cidadão, pode livremente aderir", referiu Sapalo António.


Segundo aquele dirigente, o PRS, partido com assento parlamentar, responsabiliza o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, "pelo atual estado social e político de Angola" que considera "caótico".


A iniciativa da UNITA que pretende denunciar "atos de repressão contra cidadãos angolanos", surgiu na sequência do anúncio da Procuradoria-geral da República da detenção de quatro pessoas relacionadas com o rapto e eventual homicídio de dois ex-militares, que se preparavam para se manifestarem contra as autoridades angolanas.


O Bureau Político do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder, fez sair já um comunicado no qual condena a intenção da UNITA, considerando-a "uma oportunidade de lançar o caos e a desordem" em Angola.


Essa situação, garante o MPLA, "jamais será tolerada e merecerá a resposta adequada e a responsabilização plena dos seus instigadores que não se escudem depois em presumíveis perseguições políticas quando a justiça os chamar a razão".

Para o PRS, o comunicado do MPLA foi "infeliz".