Berlim - 2014 gostaria que o MPLA / JES utilizasse menos a violência física , que fosse mais inteligente , optasse pela força do diálogo e apostasse no autodominio , na tolerância e no perdão.

Fonte: Club-k.net

Conheço tantos casos de mortes tão esquisitas e arrepiantes praticadas pelo regime sob gestão de JES , por falta de tolerancia política e brutalidade do regime , que não são poucas as vezes que interrogo se essa gente foi nascida programada para comportamentos tão agressivos ou foram transmitidos hereditariamente ?

 

Se os estudiosos dizem que ninguém nasce agressivo então talvez seja mais correcto eu dizer que toda essa brutalidade de alguns camaradas é fruto da educação que têm recebido do regime especialmente nos centros de treinamento dos serviços secretos e outros semelhantes espalhados pelo país .

 

Acredito que sejam treinamentos muito brutais , onde os jovens são treinados a lidar-se e a banalizar a violência , a morte , o sangue e a tortura , pois de outra maneira não se compreende como é que Angola pode ter um corpo policial considerado dos mais brutais e criminoso da actualidade.

 

Vários estudos provam que crianças , jovens , militares ou civis quando educados com violência manifestam sempre tendência mais agressivas no futuro e a prova temos hoje em Angola onde miúdos de 15 , 16 , 17 anos de idade contam histórias arrepiantes sobre mortes e cadáveres que eles já viram com os seus próprios olhos alguns a serem comidos por porcos porque eram da UNITA e de forma tão natural contam .

 

Infelizmente essa é uma triste realidade que foi vivida em Angola , aquando da caça aos kwachas , o que obrigou á muitos compatriotas do sul de Angola a fazerem um novo registo nas conservatórias , de forma rápido e desesperada para mudarem o seu nome de família e assim se escaparem da fúria assassina e intolerância tribal e politica..

 

Até isto aconteceu em Angola e essa história , qualquer dia será contada pelas próprias vitimas , porque felizmente nestes casos alguém sobrevive sempre para contar tudo como foi Para 2014 gostaria que a violência e brutalidade deixasse de ser reforçada , encorajada e tolerada pelo regime da situação , pois a forma como ela tem sido exercida deixa muitas duvidas que não conta com a cumplicidade das chefias e que não faça parte da estratégia de governação do país.

 

Não tenho duvidas que toda essa violência tenham mesmo como origem a forma como a sociedade angolana é educada pelo regime , embora haja pessoas que manifestem a sua agressividade de forma diferente . Há os que se sentem estupidamente orgulhosos e vaidosos por serem violentos num país onde não se aprende a perdoar , mais sim a massacrar e se vingar pior se não for do partido tal ...

 

E há os embarrados , fingidos em amigos mais na hora sem remorso e sempre prontos para perseguir até mesmo quem já está doente num hospital qualquer porque a ordem é eliminá-lo. Para 2014 gostaria que tudo se fizesse para que os angolanos saíssem deste estado permanente de frustração em que vivem por não satisfação das suas necessidades e motivações. Criando -se o mínimo de condições de vida como ; trabalho condigno , educação de qualidade , habitação , boas escolas e bons professores e não como os que facilitaram a primeira dama e têm estado a distribuir diplomas torta e a direita á todo tipo de dirigentes borra botas para que a vida dos angolanos tenha realmente um sentido.

 

Porque embora não seja forçoso que um frustrado seja agressivo , a frustração pode conduzir a descargas explosivas e violentas de qualquer angolano que viva frustrado numa Angola onde quem não é filho , irmão , cunhado ou amante do chefe tal está condenado a comer capim como se fosse um boi.

 

Para 2014 gostaria que todos os angolanos que sofrem de complexo de inferioridade , que desejavam sobressair na vida , ter um estatuto privilegiado tipo Bento Kangamba que tem ordens para usar e abusar do nosso dinheiro .

 

Surrar , mandar surrar , perseguir , mandar perseguir manifestantes , curtir e traficar prostitutas brasileiras os que não conseguiram para que não perdem a cabeça e nem se tornem violentos por isto.

 

Em fim para 2014 gostaria que fosse o ano da democratização do MPLA porque sem isto a barra vai continuar a ser cada vez mais pesada não apenas para a oposição politica angolana como também para os tantos camaradas do MPLA que gostariam de se livrar de JES. E deste modo poderem dar um sinal de estima e apreço pelos outros compatriotas que pensam e agem diferente do ditador e sua povoação de bajuladores .

Fórum Livre Opinião & Justiça

Fernando Vumby