Kwanza Sul - No passado dia 22 de Março de 2014, uma comitiva da direcção da UNITA chefiada pelo Presidente do Partido, Isaías Samakuva deslocou-se ao município de Kassongue, com o objectivo de levar a sua solidariedade às famílias que perderam seus entes queridos no massacre ocorrido dia 9 de Março do ano em curso.

Fonte: UNITA
A comitiva teve também a finalidade de encorajar os militantes do Partido, que acabavam de sofrer um dos mais recentes actos de intolerância politica e de colher informações das autoridades locais, que não souberam cuidar como devia ser o caso. Transformaram os agredidos em agressores e deixaram impunes os malfeitores.

Enquanto mantiveram presos os membros da direcção do Secretariado de Kassongue que tinham sido atacados deixaram que os atacantes se apoderassem das motorizadas das vítimas. Uma injustiça aos olhos de todos e até dos mais leigos.

A Comitiva do Presidente da UNITA escalou a sede municipal de Kassongue, às 11 horas e foi acolhida em apoteose por militantes do Partido, que entoavam canções que reflectiam a dor e tristeza pela morte dos seus colegas em tempo de paz.

Depois de um breve encontro para troca de informações preliminares o Presidente Samakuva dirigiu-se à sede da administração municipal para cumprimentos de cortesia ao vice administrador.

Estava no interesse da delegação presidencial saber que medidas tinham tomado as autoridades depois de consumada a morte por assassinato de três militantes da UNITA. Independentemente do que os responsáveis da polícia e da administração estariam a fazer, a verdade é que os participes do crime andavam à solta e a exibir meios – motorizadas que pertenciam aos militantes da UNITA num total de 8 motociclos. Os vizinhos e familiares das vítimas sabiam que os meios de seus ente-queridos estavam a ser usados pelos criminosos.

O administrador limitou-se a informar que encontrou-se com as populações da aldeia onde ocorreu o crime e que competia à polícia dar outros detalhes, porque segundo avançou “é caso de polícia”. A explicação do servidor público não convenceu o mais alto dirigente da UNITA que esperava por acções mais proactivas que concorressem para a realização da justiça e que reflectissem a existência de um representante do Estado.

O momento mais alto da deslocação da comitiva da UNITA chegou quando o Presidente Isaías Samakuva se encontrou com as viúvas Domingas Mariano, Judith Sanjala e Cristina Evalina. Foi momento de muita emoção. Caíram lágrimas de todos os olhos. Um a um o Presidente Samakuva e os membros do Comité Permanente que o acompanhavam saudaram as viúvas e familiares dos falecidos e renderam homenagem aos Mártires da Paz, cujas imagens estavam expostas.

O líder da UNITA transmitiu palavras de consolo às famílias e aos militantes do Partido e sublinhou que quando o Partido se comprometeu a fazer a Paz e a Reconciliação Nacional não esperava que mais angolanos voltassem a morrer por razões políticas.

Avisou, entretanto, que com o MPLA no poder cenários de mortes não se descartam, por ser um partido que ainda sustenta visão monolítica do país e aposta na exclusão política de outros actores da cena política nacional.

Chamou atenção aos quadros do Partido para velarem pela situação das famílias enlutadas e crianças deixadas órfãs. E, como manda a tradição angolana, o líder da UNITA apresentou às famílias enlutadas as condolências do Partido.

Depois do ritual de óbito, o líder da UNITA falou para os militantes que receberam a comitiva presidencial. O assunto principal da mensagem rondou em torno da violação por agentes do estado dos Direitos fundamentais e garantias previstas na Constituição da República.