Luanda - Há 12 anos, terminava a guerra fratricida em Angola, com o calar das armas, por via de um entendimento militar entre o MPLA/governo e a UNITA que durava perto de 28 anos com pouquíssimas interrupções.

Fonte: Club-k.net

Angola viveu momentos dificílimos, de dor e luto sem precedentes. Se aos Angolanos foi faltando o bom senso para se chegar a um entendimento, a comunidade internacional foi faltando o humanismo de que dizem ser os grandes defensores e respeitadores.

Enquanto lhes faltava forca moral e material de nos ajudarem a chegarmos a um entendimento, o que nunca lhes faltou são oportunidades para negociar um pouco mais o PETRÓLEO e outros recursos que afinal de contas, são daqueles que eles ajudavam a dividir para melhor tirarem o que e' que e' destes! Deram cartão branco ao MPLA para se armar e matar avontade e aplicaram sanções a UNITA.

Viram o GENOCÍDIO TRIBAL acontecer em Angola e fizeram-se de surdos, mudos e cegos. Enfim...  A história saberá registar tudo isso.

UM RESUMO DE CASOS QUE ATENTAM A PAZ DE 2002 a 2014:

O Sr. JES e o MPLA, passaram a sentir-se únicos donos de Angola, tentando fazer o que bem lhes apetece. A familia do Sr JES e as dos seus preferidos, tornaram-se donos de tudo que gera dinheiro, sendo a mascote do riquismo em Angola a filha primogénita de JES e de uma cidadã Russa que já foi sua esposa. 

Nem os acordos que eles negociaram em vantagem militar cumpriram 45%. Há até hoje milhares de militares entre soldados e oficiais generais, superiores, capitas subalternos, sargentos e soldados por reenserirem, não se deu posse a vários administradores e vice administradores Municipais indicados pela UNITA para a cidade capital Luanda, quando ainda vigorava o GURN o falso (governo de união e reconciliação nacional); 

Não se colocaram os quadros da UNITA nas diversas empresas publicas como previam os acordos, os poucos enfermeiros que tinham sido enquadrados, teem sido despedidos paulatinamente;

Não se da emprego a quem  não se identifique com o MPLA, no interior do pais e' quase abertamente proibido ser-se da oposição, sobretudo da UNITA.

Todas as instituições publicas do país, incluindo as de defesa e segurança, continuam a funcionar como se fossem propriedade do MPLA,  que mostra claramente a incapacidade deste partido de se dispor de um passado triste. Os órgãos de comunicação publica (TPA, RNA, JA e Angop) são uns autênticos promotores e incitadores de violência no pais;

A Segurança do Estado é um órgão de repressão ao serviço do MPLA em vez de ser o que são os serviços de segurança no mundo democrático. Os bens imoveis e moveis da UNITA destruido injustificadamente no conflito pois eleitoral, nao se devolveram ate a data, o que viola tambem o acordado para a paz.

A história de Angola continua a ser contada artificialmente por orientações  do Sr JES. As batalhas militares que opuseram os beligerantes ao longo do conflito que eram vencidas por um algumas vezes e outras vezes por outro, hoje as que o MPLA-FAPLA/Cubanos e outros seus aliados tiveram vantagens, tornaram-se em datas de festanças e gastos de somas enormes de dinheiro.

A mal contada batalha do Kuito Kuanaval, que supostamente foi ganha pelo MPLA, movimenta anualmente bilhões e bilhões de Kwanzas, enquanto o Kuito Kuanaval tem problemas sociais de tal ordem que precisariam anualmente o decimo destes montantes para minorar pelo menos o problema das ravinas que mal controladas, continuam a ameaçar a Vila.

As comemorações e inaugurações, continuam como tudo, Mplizadas, onde vimos a OMA e JOTA, que se confundem com organizações do Estado, alias a OMA e' citada em órgãos de comunicação publicos como sendo as únicas representantes da mulher Angolana.

De 2002 a 2014, foram mortos mais de cem (100) Angolanos por pertencerem a UNITA e alguns de outros partidos na oposicao. Uns, foram mortos pela própria policia e por elementos da segurança do Estado, outros, por grupos organizados, para depois justificarem como que de ajuste de contas do período de guerra se tratasse.

Devo recordar que o Dr Prof Mfulupinga Nlandu Victor, Deputado a Assembleia Nacional e presidente  fundador do PDPANA, foi morto dois anos depois dos acordos do Luena e há gente que viu os assassinos fardados e transportados em carros de uma instituição paramilitares Angolana e nem a policia que temos, nem a tal justica dizem nada até hoje!

A democracia, continua sequestrada, os direitos fundamentais, fuzilados. Em 2010, impuseram-nos uma constituição diferente da discutida antes e que passou pela consulta de algumas franjas da sociedade. Constituição essa, que usurpou o direito do Angolano eleger direitamente o presidente da Republica e atribui poderes de imperador ao actual  Presidente da Republica, que lhe permitem fazer tudo e mais alguma coisa.

A bandeira da Republica, continua a do MPLA com uma alteração-Zinha nas insígnias que nada teem a ver com a Angolanidade. Foi previsto o direito a manifestação nesta Constituição, e sem autorização de nenhuma autoridade, mas sim com um aviso prévio a esta.

Porém, quando se comunica as autoridades a vontade de se realizar este direito Constitucionalmente previsto, considera-se logo um atentado a paz, incitamento a violência, saudades da guerra e outro blá-blá, que só os do MPLA, algumas igrejas e outras organizacoes satelites do partido no poder sabem.

Por conta do exercício desse direito e de forma pacifica como a lei recomenda, muitos Angolanos foram espancados, presos, perseguidos variadissimas vezes, e houve mesmos mortos tambem, como os saudosos Kassule e Kamuringui, barbaramente assassinados por elementos da seguranca do Estado.

É que o Sr JES/executivo-MPLA, suportam tudo menos uma manifestação de qualquer natureza. Aos 23 de Novembro de 2013 os Angolanos responderam positivamente a uma manifestação convocada pela UNITA que tinha como lema, " RESPEITO A VIDA, NÃO A MORTE".

Primeiro queriam substitui-lá por outra, inventando mesmo uma nova data da criação da JOTA, mas depois queriam proibi-lá intimidando e levantando falsos argumentos, mas que havia mesmo razão e necessidade desta manifestação sair e contra todas as tentativas de sabota-lá, ela saiu, mas em contra partida o Sr JES que se encontrava algures na Europa, ordenou ao seu chefe da casa civil que essa manifestação fosse reprimida e esse seu fiel cego, assim cumpriu: lançaram toneladas e toneladas de gazes químicos contra a populaça, até em quintais do bairro Palanca, Cazenga e Bairro Popular onde estavam crianças despejaram seu veneno.

Em Cabinda e Kuando Kubango, as isntalacoes da UNITA foram parcialmente destruídas, mas o pior aconteceu em Luanda, em que na véspera, o jovem Ganga, foi assassinado por elementos da GUARDA PESSOAL DE JES, pelo simples facto de estar a colocar panfletos que apelavam ao respeito a vida!... 

Não há vontade política que alimente a Reconciliação Nacional, pois o próprio presidente da Republica a proíbe com seus actos e discursos caducos.

No capitulo da reconstrução do pais, só os menos atentos e' que não vêem que esta tudo sendo feito de forma paliativa. As estradas nao duram mais de dois anos,  não há  agua e energia eléctrica nem nas grandes cidades, abriram chafarizes em alguns sítios, mas que são abastecidos por cisternas, até em Luanda.

Os hospitais construídos ou reabilitados, não passam de paredes e locais para se acabar a vida. As escolas e a educação, estão gravemente doentes... Quo vadis Angola!

Faço uma vénia a todos os que se bateram e se batem pela liberdade e verdadeira reconciliação e vai a minha mais singela homenagem para os que já pagaram com seu sangue o preço da liberdade e fica a promessa, estamos prontos e determinados a continuar essa luta até a VITORIA!

Concluindo, deixo no ar algumas perguntas: As famílias destes compatriotas mortos, orgulham-se de alguma paz? Os ex-militares abandonados precisam desta paz? Quem tem violado a tal paz? Há paz ou e' outra forma de guerra?