Lisboa – Na província do Uíge, um dos presumível responsáveis do grupo técnico do Censo, de nome Afonso Pedro, é acusado de ter cobrado um valor monetário de 300 kwanzas a cada candidato à recenseador do Censo Geral da População e Habitação, a decorrer no país, de 16 a 31 do mês corrente no país.

Fonte: Club-k.net
Censo.jpg - 83.85 KBO facto ocorreu – segundo a fonte do Club K – no município de Sanza Pombo, localizado a 155 quilómetros a nordeste da cidade do Uíge, onde cerca de 900 candidatos foram forçados a pagar o valor a fim de serem efectivamente seleccionados como recenseadores.

De acordo com a nossa fonte, um número incalculável de candidatos (na sua maioria jovens) que reuniam os requisitos necessários, viram os seus nomes a serem injustamente excluídos durante o processo de selecção orientado por Afonso Pedro.

“Todos aqueles que recusaram a pagar os 300 kwanzas exigidos pelo senhor Afonso Pedro viram excluídos os seus nomes durante a selecção”, contou indignadamente a nossa fonte, alegando que a situação terá originado um momento de tensão naquela parcela do território nacional.

Por outro lado, circulam informações que a maior parte dos recenseadores e supervisores (que têm ligações com os partidos da oposição na província do Uíge) serão enviados em zonas de difíceis acessos. “Isso é um facto preocupante, uma vez que estamos todos engajados para o bem processo, independentemente das nossas opções políticas”, desabafou a fonte do Club K.

De realçar que a provincia do Uíge contará – de acordo com o coordenador do grupo técnico do Censo, Andeiro João – com cerca de 4.136 recenseadores e 1.153 supervisores devidamente preparados foram seleccionados, para assegurar o processo de recenseamento geral da população e habitação.