Luanda - A forte agitação marítima sentida em Angola nos últimos dias, conhecida localmente como calema, provocou, pelo menos, duas mortes, destruição de casas e naufrágios um pouco por todo o país.

Fonte: Jornal de Noticias

De acordo com o porta-voz da Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros de Angola, Faustino Sebastião, registaram-se nos últimos dias dois naufrágios de embarcações de pesca nas províncias do Zaire (norte) e Namibe (sul).

 

Estes acidentes provocaram duas mortes, estando outros dois pescadores desaparecidos.

 

"Temos ainda registo de três pescadores que foram salvos com vida no Zaire", apontou o responsável.

 

Na província de Luanda, sete embarcações de pesca artesanal foram destruídas pelas calemas, que têm vindo a apresentar vagas crescentes de dois a três metros de altura, acompanhadas de forte vento.

 

Há registo ainda de casas e restaurantes inundados, assim como vias intransitáveis na conhecida Ilha do Cabo, uma faixa de terra com cerca de dez quilómetros de comprimento na cidade de Luanda.

 

Face à situação, a proteção civil de Luanda emitiu um alerta desaconselhando a aproximação da população do litoral e, dentro do possível, apelando para cuidados redobrados por parte dos pescadores.

 

"É um alerta para aproximadamente quinze dias. Não é que não se possam aproximar do mar, mas que o façam com muita precaução porque de um momento para o outro podem ser surpreendidos, como tem vindo a acontecer", disse esta terça-feira à Lusa José Caculo, responsável pela proteção civil na província de Luanda.

 

Já na segunda-feira tinha sido conhecido o caso da Barra do Dande, no norte de Angola, em que as mesmas calemas destruíram cerca de 400 casas e cabanas de pescadores daquela comunidade da província do Bengo.