Luanda - Momentos descritos como tendo sido de “tensão” marcaram a discussão do tema da substituição do actual governador de Luanda, Bento Bento, numa reunião do BP MPLA,  realizada no passado dia 16 Maio.

Fonte: Africa Monitor

É atribuída ao Presidente, José Eduardo dos Santos (JES), a convicção interior de que não dispõe, de momento, de ninguém devidamente habilitado para as exigências da função, não obstante a urgência de proceder à nomeação.

Seguindo uma linha de conduta diversa, figuras e meios do regime, incluindo dos chamados “orgãos dirigentes” do MPLA, entre os quais o BP, aplicam-se em promover mediaticamente pretensos candidatos ao lugar, empregando para tal métodos usuais.

José Tavares, actual presidente da Comissão Administrativa de Luanda, é o nome mais promovido. JES, do qual é muito próximo (amigos de infância) não denota, porém, inclinação para o nomear; supostamente não o considera suficientemente preparado e uma tal escolha não deixaria de ser politicamente explorada como uma “tomada de partido” nas disputas que consabidamente José Tavares mantém com Bento Bento.

A prudência a que JES aparenta estar a sujeitar a escolha do novo governador é alimentada por ideias como a de que a administração da província e da capital se encontram em estado lastimoso; a especial exposição públicado cargo (e respectivo ónus político e social), requere agora alguém com convincentes aptidões.

A fixação numa figura com apuradas qualidades, que, antes (AM 834), conduziu ao nome de João Lourenço, deu agora azo a rumores que apontam para Lopo do Nascimento. Não há nenhuma indicação de que JES o tenha em mente, assim como também não é provável que aceitasse o cargo – ressalvadas eventualidades como uma insistência de JES.