Luanda - O presidente da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Lucas Ngonda, disse neste sábado (12/07), em Luanda, que o próximo congresso do partido a realizar-se de 25 a 28 de Janeiro do próximo ano deverá culminar a consolidação interna do partido rumo aos grandes desafios que se avizinham.

Fonte: Angop
Segundo o líder de uma das maiores forças políticas do país, que discursava no Fórum de Reflexão sobre o Futuro do seu Partido, frisou que “devemos remeter todos os nossos rancores ao passado para podermos construir com dignidade o nosso futuro e para que o povo de Angola reponha a sua confiança em todos os nossos esforços para o seu bem-estar”.

“Temos de combater a condição humilhante a que o nosso partido vive desde proclamação de democracia multipartidária no país”, acrescentou.

Por sua vez, o coordenador da Comissão Preparatória do Fórum de Reflexão sobre o Futuro do Partido, Laíz Eduardo, defendeu que quem ama a FNLA, deve promover através de actos para demonstrar que está realmente interessado em contribuir para dar solução a um conflito que tem vindo a causar danos incalculáveis aos membros no seio do partido.

“O orgulho e a arrogância não vão nos levar a lugar nenhum e, se não formos capazes de reconciliar os nossos corações, nada vai mudar, será tudo igual, a verdade é que o amor entre nós não está morto, mas apenas adormecido”, salientou.

“Não tenhamos ilusões, o destino da FNLA está em nossas mãos, ninguém virá de fora para resolver as nossas diferenças, o futuro será aquele que nós construirmos, nós próprios e ninguém por nós ou em vez de nós”, ressaltou.

O antigo secretário para assuntos parlamentares da FNLA, André Paulo Milembe, assegurou que a reconciliação está nas “mãos dos irmãos”, considerando que o fórum é chamado a lançar as bases conducentes à realização de um Congresso abrangente, transparente e inclusivo.

“Hoje, estamos suficientemente esclarecidos quanto às razões malévolas por que a FNLA é combatida, isto não nos isenta das culpas mas vem provar o quanto o partido teve de se agigantar para desencadear a revolução que conduziu o país a independência”, desabafou.

Por seu turno, a Plantaforma dos Militantes Pro-reconciliação disse esperar que o fórum marque o início de um processo que acabe por desembocar na urgente e efectiva reconciliação da grande família FNLA. Estiveram presente no acto, além dos militantes da FNLA, os representantes das embaixadas da Rússia, Moçambique, partido PRS e entidades religiosas.