Lisboa - A recente exoneração de José Manuel Feio  Mena Abrantes do cargo de Secretário para os Assuntos de  comunicação institucional e imprensa da Presidência da República, foi calculada no sentido de desafoga-lo da fatiga que se vinha identificado na sua pessoa.  

Fonte: Club-k.net

PR mantém  Aldemiro afastado da Comunicação Social

Embora foi nomeado para um cargo decorativo de consultor do PR para os assuntos culturais e científicos, a sua exoneração,  traduzida em licença de reforma,  põem termo o seu papel de membro do gabinete presidencial.

José Mena Abrantes é conhecido como um quadro apaixonado pela cultura (teatro e escrita) e também um dos poucos do circulo presidencial  que não tem o nome associado a escândalos de praticas ilícitas. Nas ultimas décadas integrava a dupla de “ghostwrite” que preparam  os discursos do Presidente. Há entretanto considerações segundo as quais ultimamente participava com raridade nesta tarefa.

Como Secretário do PR para os assuntos da  comunicação institucional, o Presidente José Eduardo dos Santos esperava dele com um papel mais activo sobretudo com a imprensa. Mena Abrantes terá permitido que as suas competências fossem usurpadas por Aldemiro Vaz da Conceição, antigo porta voz da presidência e actual   director do gabinete de ação psicológica da Casa de Segurança  da PR.

Nas deslocações do PR, ao estrangeiro continuava a ser Ademiro Vaz da Conceição quem  direcionava a comunicação social estatal e  era a ele também a quem  o Ministro da Comunicação José Luís de Matos solicitada “orientações superiores” em caso de duvidas.

Mena Abrantes tinha direito a acompanhar o PR nas reuniões semanais do Conselho de Ministro, e neste campo também,  era Aldemiro da Conceição que muita das vezes aparecia no  seu lugar.

A sua exoneração também é vista como uma estratégia do Presidente de manter Aldemiro Vaz da Conceição afastado da comunicação social. Vaz da Conceição é a figura que na pratica controla o Jornal de Angola, dando azo ao director geral daquela publicação  José Ribeiro e ao seu assessor  Artur Queiroz de prosseguirem com uma agenda de publicação de textos de  incentivo ao odeio e a violência verbal entre os angolanos.  

Refira-se que tal agenda de pregação ao odeio belisca a propaganda em torno de JES de que conduz um regime interessado na harmonia nacional.