Lisboa – O jornalismo angolano voltou a estar de luto. Morreu na madrugada deste sábado, 02 de Agosto, em Benguela, o jornalista Américo Gonçalves vítima de doença prolongada.
Fonte: Club-k.net
Tido como um dos mais destacados do jornalismo angolano no pós-independência, o malogrado Américo Gonçalves aderiu enquanto jovem a causa nacionalista. Chegou a ser conotado com a FNLA, de Álvaro Holden Roberto por causa de uma amizade que possuía na altura, o que obrigou a fugir com medo das represálias.
Por volta do ano de 1976/77, entrou para os quadros do Jornal de Angola como revisor. Ai se notabilizou como profissional da comunicação social, tendo sido responsável do suplemento Vida e Cultura.
No ano de 1997, abraçou o sector privado fundando o Jornal “Angolense”, e poucos anos depois ajudou a fundar um outro projecto jornalístico, o Semanário “A Capital”. Como gestor na área da comunicação social, Américo Gonçalves estendeu os seus interesses empresariais no ramo hoteleiro na província de Benguela.
Nos meados da presente década, retirou-se paulatinamente do jornalismo activo, em consequência do seu estado de saúde e de outras prioridades. Foi durante este período de retiro que ele seria homenageado em 2010, pelo júri do prémio Maboque de Jornalismo/2010, pelo seu contributo ao desenvolvimento desta profissão no país.
Na altura o corpo de jurado justificou que a escolha de Américo Gonçalves, deveu-se ao facto de ter sido um dos jornalistas que, desde o pós-independência, muito se engajou no trabalho rigoroso da profissão e na transmissão das experiências à nova geração da comunicação social.
A sua ultima aparição mediática aconteceu a poucos meses atrás através de uma grande entrevista ao Jornal O PAIS, na qual apresentou a sua visão sobre variados temas da política domestica.