Benguela - Uma rede de professores angolanos, estrangeiros, recém-licenciados e estudantes das Faculdades e os Institutos Superiores Públicos e Privados em Benguela, estão a ser acusados de vender monografias para o grau de licenciatura.

Fonte: Club-k.net

O esquema que dura décadas, inicia com a escolha do tutor, do tema, do ante-projecto, a elaboração e a reprodução do “livro”, e pode custar aos bolsos dos candidatos aproximadamente USD 5 mil dólares.

O negócio tornou-se mais rentável desde que se implementou, a obrigatoriedade de apresentação de um trabalho de fim de curso para a conclusão da licenciatura.

“Há professores que têm o equipamento completo para reprodução e compilação dos manuais e todo mundo sabe”. Afirma Emanuel José estudante universitário

 Pedro dos Santos também estudante universitário abre o livro “ se fizessem uma rigorosa inspeção aos trabalhos que já foram apresentados, ao longo destes anos, poderiam descobrir muito gato. E mais alguns docentes têm todo material sofisticado para o efeito, isto está aos olhos de todos mas ninguém proíbe ”.

Dado o silêncio e a impunidade que desta desonestidade intelectual, o estudante questionou “onde andam o Ministério do Ensino Superior? E, mais tarde conclui “por isso, temos muitos licenciados que não conseguem fazer uma pequena redacção.

Por outro lado, há professores universitários que estão a ser acusados de permutarem notas com favores sexuais.

O internauta Fernando Kapetango em Benguela dissabafou na sua página do facebook.

“Existem Docentes Universitários e, por sinal, da maior Universidade Pública Angolana, a assediar as alunas!!! Chumbam-nas propositadamente em provas escritas para se encontrarem com elas nas provas orais onde estarão com elas tête-a-tête e, assim, poderem manifestar os seus apetites por elas… Dizem mesmo, sem escrúpulos, sem salamaleques e sem vergonha: "ficas minha dama e dou-te 10 valores para arrumar a cadeira"… E mais grave ainda: um tal de Docente ou doçante, sei lá que nome chamá-lo, que pediu a uma aluna para ir fazer prova oral no seu gabinete. Posta lá, o professor inverteu as regras do jogo, dizendo à estudante: "faz-me tu a "prova oral""… As visadas, acentuadamente traumatizadas, já pensaram em apresentar uma queixa/denúncia, mas temem por represálias, visto que os referidos doçantes vão do primeiro ao último ano e, não tendo garantias das instituições jurídicas do país dizem que preferem desistir dessa pretensão, pois que não dispõem de possibilidades financeiras para se transferirem para uma instituição privada… Que fazer???”