O Chefe de Estado, na sua mensagem, teceu considerações muito importantes que, temos a certeza, vão ajudar a estruturar a forma como vamos encarar o ano de 2009 e os desafios que se colcoam ao país.

O Presidente José Eduardo dos Santos, numa alusão à forma como decorreram as eleições legislativas de 5 de Setembro passado, disse que “assistimos à participação maciça e exemplar dos cidadãos nas Eleições Legislativas e temos agora a certeza de que a grande maioria dos angolanos apoia sem reservas a política de reconstrução nacional e de desenvolvimento que está em curso”.

O povo angolano, depois de acorrer em massa às urnas de forma exemplar e digna, deve agora demonstrar a mesma serenidade e responsabilidade quando se aprovar a nova Constituição da República e quando se realizarem as eleições presidenciais para, como frisou o Chefe de Estado, se completar a normalização da vida política nacional.

Para o Chefe de Estado a “participação consciente do cidadão comum na vida nacional foi importante e desejamos que ela seja complementada com a revalorização do seu lugar no seio da sua família, do seu trabalho e da sua comunidade mais próxima, de modo a criarmos uma sociedade mais justa e equilibrada”.

Como parte desta importante reflexão, o Presidente da República evidenciou a dimensão humana em todos os esforços de reconstrução nacional e de desenvolvimento ao realçar que “um país é feito de pessoas, compreendidas tanto na sua individualidade como no seu papel de agentes sociais. Por essa razão, é importante que os actuais avanços políticos, económicos e institucionais da Nação se façam sentir também no plano social e no plano da mudança de mentalidades”.

A conjuntura actual da sociedade angolana, caracterizada por “uma mentalidade imediatista e egoísta”, como salientou o Presidente José Eduardo dos Santos, deve dar lugar a um ambiente em que o Estado intervenha como “um agente dinamizador da transformação espiritual, em particular no resgate dos valores éticos e morais”.

E para o efeito, o Chefe de Estado destaca, mais uma vez, o papel da família angolana, tendo salientado que “não haverá desenvolvimento real nem modernização do país sem famílias estruturadas e saudáveis, capazes de favorecer o florescimento das novas gerações”.

O Chefe de Estado chama à atenção para a necessidade de se combaterem determinadas práticas sociais, como o consumo desregrado de álcool e o consumo de drogas que em nada têm dignificado os angolanos, tendo ressaltado que “nenhum esforço é demasiado para resgatar a dignidade e a integridade moral e espiritual das nossas famílias”.

Devemos todos reflectir na mensagem do Chefe de Estado, na parte em que todos somos chamados na qualidade de encarregados de educação, de educadores, enquanto jovens, homens e mulheres, para o desenvolvimento do país. Os desafios não são poucos, mas a determinação já demonstrada pelo povo angolano e as oportunidades que Angola, nesta conjuntura, oferece, exigem de todos nós o arregaçar das mangas. Vamos ao trabalho, que um país só se constrói com muito esforço e a entrega total de todos.

Fonte: JA