Luena - O ministro angolano da Saúde, José Van-Dúnem, assegurou nesta quarta-feira, no Luena, província do Moxico, que a República de Angola está sem registo da ébola (vírus responsável por uma taxa de mortalidade de entre 60 e 90%, transmitido apenas por contato directo com fluidos).

Fonte: Angop

Falando à Angop, à margem da inauguração do novo Hospital Municipal do Moxico (sede), efectuado pelo vice-presidente da República, Manuel Domingos Vicente, o ministro afirmou que “em Angola não temos ébola felizmente, mas tem que se aproveitar a oportunidade para testar o sistema de vigilância epidemiológica”.

José Van-Dúnem anunciou que o Governo angolano está actualmente a capacitar os profissionais de saúde sobre as medidas de biossegurança, garantindo a logística necessária para que a biossegurança possa ser efectiva ao nível das sedes provinciais, municipais e comunais, pois, o maior risco está nas zonas mais distantes destas áreas.

Assegurou ainda que o Ministério da Saúde está preocupado com a protecção dos seus profissionais, pois, ao aceitarem salvar vidas humanas, acabam perdendo a vida de quem não conseguem salvar. Por isso, é fundamental que se criem as condições para que a biossegurança passa a fazer parte da rotina das suas intervenções.

Encorajou igualmente os técnicos de saúde a terem a missão de passar informações úteis às populações sobre esta doença mortífera.

Garantiu que o Executivo angolano está preparado para qualquer eventualidade que possa surgir, uma vez que o país regista várias movimentações de pessoas, quer os nacionais como os estrangeiros.

Defendeu a criação de condições humanas e medicamentosas para que as pessoas que, eventualmente, estejam infectadas consigam ser tratadas em tempo oportuno.

O ébola é uma doença causada por um vírus que é transmitido às pessoas por contacto com animais selvagens ou indivíduos infectados e manifesta-se por febre, dor de cabeça intensa, mal-estar geral, vómitos, diarreia, tosse e hemorragias.

Desde Março de 2014 que a Guiné-Conakry regista um surto epidémico da doença, que se expandiu para a Libéria e Serra Leoa, tendo atingido, mais recentemente, a Nigéria.


Hospital Central do Moxico é inaugurado em Dezembro

O Hospital Central do Moxico, em obras de reabilitação e ampliação desde Abril de 2012, é inaugurado em Dezembro próximo, anunciou, quarta-feira, no Luena, o ministro da Saúde, José Van-Dúnem.

Falando a Angop, à margem do acto de inauguração do novo hospital municipal do Moxico (sede), com capacidade para 140 camas, o governante disse que a reabilitação e ampliação do Hospital Central se enquadra no cronograma elaborado pelo Ministério da Saúde, , para oferecer melhores serviços às populações do Luena e não só.

De acordo com José Van-Dúnem, as obras estão em fase conclusiva, sublinhando que decorrem os trabalhos de acabamento inerentes aos equipamentos e ao apetrechamento do imóvel.

A reabilitação, ampliação e apetrecho do hospital são de subordinação central. A unidade sanitária, construída na época colonial, vai aumentar a sua capacidade de internamento de 250 para 300 camas, além dos serviços de tratamento dos doentes.

Actualmente, os pacientes recebem assistência médica e medicamentosa em estruturas provisórias localizadas no bairro Mandembué e Alto Campo, arredores da cidade do Luena.

A província do Moxico conta actualmente com 66 médicos, entre angolanos e expatriados, mil e 600 técnicos de saúde e mais de 136 unidades sanitárias, classificadas em hospitais, centros médicos e postos de saúde, número ainda considerado ínfimo para responder a actual demanda.